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Tina Turner a ‘rainha do rock’n roll’ que deixa um legado e inspiração para gerações futuras
A ‘rainha do rock’n roll’ Tina Turner, que morreu hoje, dia 24 de maio, aos 83 anos de doença prolongada, deixa um enorme legado para o mundo, a sua música, e uma forte inspiração para gerações futuras.
Tina Turner morreu esta terça-feira, após doença prolongada, na sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça, de acordo com o seu empresário.
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O seu nome verdadeiro era Anna Mae Bullock, nascida em 26 de novembro de 1939 em Nutbush, no Estado norte-americano do Tennessee.
“Com a sua música e a sua paixão sem fim pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas de amanhã. Hoje despedimo-nos de uma querida amiga que nos deixa a sua maior obra: a sua música”, pode ler-se no Instagram da cantora.
Tina Turner, que afirmou um dia não ter medo de envelhecer, disse ao Guardian em abril que esperava ser lembrada como a “rainha do rock’n roll”.
Esta foi uma aposta amplamente ganha, visto que esta alcunha surge em muitas das homenagens à carismática artista.
Magic Johnson, um dos melhores jogadores de basquetebol da história, sublinhou com emoção a perda da “lendária rainha do rock”.
Já Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones, partilhou a sua tristeza pela morte da sua “maravilhosa amiga”.
Uma artista “tão talentosa”, mas também “calorosa, engraçada e generosa”, apontou.
Outra estrela da música, Gloria Gaynor, lembrou que Tina Turner “abriu o caminho para tantas mulheres no rock, sejam negras ou brancas”.
Para a cantora Ciara, “o céu ganhou um anjo”.
“Obrigado pela inspiração que nos deu a todos nós”, frisou no Twitter.
A tristeza um pouco por todos os Estados Unidos foi partilhada também pela Casa Branca, que saudou um “ícone” da música, lamentando “uma perda imensa”.
Até a NASA prestou homenagem à “lenda da música Tina Turner [que] brilhou no palco e no coração de milhões” de fãs.
Tina Turner estreou-se aos 16 anos com o grupo de blues “Kings of Rhythm” daquele que seria o seu marido até 1978: Ike Turner.
É com ele e “The Ike and Tina Turner Revue” que a cantora começará a alcançar uma certa fama ao se tornar uma das formações negras mais populares dos Estados Unidos na década de 1960.
Em 1966, Ike e os seus músicos realizaram a primeira parte da digressão britânica dos Rolling Stones, abrindo as portas do sucesso na Europa para o casal.
Tina Turner sobreviveu ao ‘terrível’ casamento para triunfar ao longo de décadas. Fisicamente agredida, emocionalmente devastada e financeiramente arruinada pelo seu relacionamento de 20 anos com Ike Turner, tornou-se uma superestrela a solo aos 40 anos, numa época em que a maioria dos seus pares estava em declínio.
Depois de atravessar o deserto, Tina Turner chegaria ao topo na década de 1980, com destaque para o álbum “Private Dancer”.
Com admiradores que vão de Beyoncé a Mick Jagger, Turner foi uma das artistas mais bem-sucedidas do mundo, vendendo mais de 150 milhões de discos em todo o mundo.
Conquistou 12 Grammys, foi eleita juntamente com Ike para o ‘Rock and Roll Hall of Fame’ em 1991 e sozinha em 2021, de acordo com a Associated Press (AP).
A sua vida serviu como base para um filme, um musical da Broadway e um documentário da HBO em 2021, que a própria considerou ser uma despedida pública.
Quando questionada pelo Guardian qual seria o seu superpoder, Tina Turner respondeu: “Talvez todos aqueles espetáculos a solo que fiz com saltos de quinze centímetros!”.
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