Cidade
Terreiro da Erva: Cidadãos querem ver o que a Câmara está a esconder
Por isso, no seguimento de iniciativa de discussão pública por si promovida, no próprio Terreiro da Erva, a 6 de outubro de 2014, o CPC apresentou à Câmara Municipal uma proposta (texto integral disponível aqui):
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solicitar a colaboração do Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, para, em conjunto com os arqueólogos do Município, se proceder a uma correcta escavação do espaço onde se encontra a antiga igreja de S. Justa;
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a partir daí, definir o interesse, ou não, em manter visíveis e integrados na futura praça os materiais que esteticamente possam enriquecer o local, face aos fins específicos a que se venha a decidir para o mesmo, com ampla auscultação pública, designadamente, aos moradores e comerciantes do Terreiro da Erva e vias adjacentes de forma a ajustar o futuro espaço às suas necessidades;
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dar execução adequada a todos os procedimentos de projeto e execução necessários à concretização da obra em colaboração com o DARQ da FCTUC (Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra).
Para o CPC, “Era este o caminho que se impunha. Porém, a maioria camarária assim o não entendeu, avançando apressadamente para o processo de aprovação de um projeto e adjudicação da obra, ignorando que, na maioria das vezes, a pressa é má conselheira”.
O CPC, representado na CMC por José Augusto Ferreira da Silva, lamenta ter tomado conhecimento “que, após a adjudicação da obra, se estão a realizar sondagens arqueológicas. Ou seja, exatamente o contrário do que devia ter sido feito.
Sendo certo que, atento o tempo decorrido, a proposta do CPC era não só exequível, como em nada atrasaria o início dos trabalhos, permitindo, ao invés, encontrar soluções mais seguras e valiosas para a requalificação daquele espaço, conclui o CPC.
A informação do CPC lembra que “Agora cabe aos munícipes exigirem que os resultados dessas sondagens sejam tornados públicos, de forma transparente, como garantia de que não haverá atropelos ao património arqueológico da nossa cidade. O que o CPC fará por todos os meios ao seu alcance.”
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