Justiça
Terceiro suspeito da morte de agente Fábio Guerra deve apresentar-se em breve ao Ministério Público
Clóvis Abreu, suspeito no caso da morte do agente da PSP Fábio Guerra, que está atualmente fora de Portugal, só depois do dia 18 deve regressar e apresentar-se para prestar declarações ao Ministério Público (MP), adiantou o seu advogado.
Em resposta à Lusa, o advogado Aníbal Pinto, que representa Clóvis Abreu, disse que o seu constituinte “está fora a trabalhar e deverá regressar a partir do dia 18” de abril, depois da Páscoa, data a partir da qual “deverá apresentar-se no MP para ser ouvido”.
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Aníbal Pinto negou ainda estar a negociar com as autoridades as condições de regresso e apresentação às autoridades de Clóvis Abreu.
Desde o final de março que Clóvis Abreu está a ser procurado também pelas autoridades espanholas, tendo a Polícia Nacional de Espanha emitido nas suas redes sociais um alerta com a fotografia do suspeito e apelando aos cidadãos que partilhassem qualquer informação que permitisse localizá-lo.
Clóvis Cláudio Duval Abreu, de 24 anos, é um dos suspeitos de envolvimento na morte do agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) Fábio Guerra, na sequência de agressões à porta da discoteca Mome, em Lisboa.
Fábio Guerra morreu a 21 de março no Hospital de São José, em Lisboa, devido a graves lesões cerebrais sofridas.
De acordo com as informações da PSP, no local e momento das agressões encontravam-se “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas. Os outros três agentes agredidos tiveram alta hospitalar.
Um dos suspeitos no envolvimento nas agressões, civil, foi libertado após ser interrogado pelo MP e os restantes dois detidos, fuzileiros da Armada, ficaram em prisão preventiva, após serem submetidos a primeiro interrogatório judicial, estando a cumprir a medida de coação no estabelecimento prisional de Tomar.
Carlos Alexandre, o juiz de instrução que decretou a medida de coação aos dois fuzileiros detidos – Cláudio Coimbra, de 22 anos, e Vadym Hrynko, de 21 anos -, considerou que a prisão preventiva se justificava devido ao perigo de perturbação do inquérito e da ordem pública e também com o perigo de continuação da atividade criminosa.
Na sequência deste incidente, o almirante Gouveia e Melo fez um discurso duro ao corpo de fuzileiros da Marinha no dia do funeral do agente da PSP Fábio Guerra, vincando que não quer “arruaceiros” na Marinha, nem militares “sem valores”.
Fábio Guerra foi condecorado pelo Governo, a título póstumo, com a medalha de serviços distintos da PSP, grau ouro.
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