CHUC
Tempo de espera em Coimbra não chega a uma hora para doentes urgentes
Em Coimbra, o tempo de espera não chegava a uma hora para doentes urgentes e aguardavam atendimento duas pessoas. O presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, Fernando Carvalho, alertou, na quinta-feira, 4 de janeiro, para os riscos que a aglomeração de ambulâncias junto ao serviço de urgências do CHUC pode vir a ter a curto prazo.
“Corremos o risco de não ter disponibilidade para socorrer como era nossa obrigação”, afirmou.
O tempo de espera para doentes urgentes ultrapassava, às 08:50 de hoje, as 14 horas no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, com uma lista de espera de mais de 36 pessoas.
Na quinta-feira, pelas 22:00, o tempo médio de espera para doentes urgentes ultrapassava as 13 horas no hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e as mais de seis horas no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e São Francisco Xavier.
Os dados referem-se ao tempo médio de espera para atendimento nas últimas duas horas e o número de doentes apresentado é o das pessoas que se encontram atualmente a aguardar atendimento, após triagem.
Segundo os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), consultados hoje pela agência Lusa, depois das 08:30, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, o tempo médio de espera era de 13 horas e quatro minutos, com 28 doentes a aguardar atendimento (pulseira amarela)
Ainda na região de Lisboa e Vale o Tejo, o tempo médio de espera para doentes urgentes ultrapassava as nove horas no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), onde 15 pessoas aguardavam atendimento.
No São José, a espera não chegava às duas horas e duas pessoas aguardavam atendimento, e no São Francisco Xavier, também em Lisboa, o tempo era semelhante com o ‘site’ do SNS a indicar uma hora e 47 minutos (uma pessoa à espera), enquanto no Garcia de Horta, em Almada, a espera era de uma hora e 25 minutos (18 pessoas).
No Grande Porto, no Hospital de São João a espera era de duas horas e os 12 minutos e oito pessoas aguardavam atendimento (pulseira amarela), enquanto para doentes menos urgentes (pulseira verde) era de duas horas e 29 minutos (sete pessoas à espera).
No Santo António a espera não ultrapassava a meia hora (24 minutos) e duas pessoas guardavam atendimento, mas para menos urgentes, o ‘site’ indicava uma espera de 13 horas e 33 minutos (três pessoas à espera).
Ainda na região Norte, no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, a espera era de 49 minutos (três pessoas à espera), enquanto no Santos Silva, em Vila Nova de Gaia a espera para quem tem pulseira amarela era de duas horas e 49 minutos na urgência polivalente (quatro pessoas).
Em Coimbra, o tempo de espera não chegava a uma hora para doentes urgentes e aguardavam atendimento duas pessoas.
A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).
Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).
O Ministério da Saúde adiantou na quinta-feira que 42 centros de saúde estão a funcionar após as 20:00 nos dias úteis e 189 estarão abertos ao fim de semana para dar resposta a doença aguda não emergente.
Em comunicado, a tutela pediu que, numa altura de maior procura de cuidados de saúde, em resultado do aumento de infeções respiratórias e do tempo frio, que “pode descompensar a doença crónica”, os utentes devem contactar previamente a linha telefónica SNS24 (808 24 24 24) para “aconselhamento e encaminhamento para a unidade de saúde mais adequada”.
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