O impacto da radiação eletromagnética na saúde reprodutiva masculina volta a estar em destaque, com novos estudos a reforçarem preocupações já existentes.
De acordo com uma recente investigação publicada na revista Electromagnetic Biology and Medicine, transportar o smartphone no bolso das calças pode ter efeitos prejudiciais na qualidade do esperma.
O estudo, baseado na análise de múltiplos artigos científicos, indica que a radiação de radiofrequência (RF) emitida por dispositivos móveis e redes Wi-Fi pode comprometer a fertilidade masculina. Um dos principais efeitos apontados é o aumento da temperatura na região testicular, que pode afetar a integridade do ADN dos espermatozoides e reduzir a sua qualidade. Além disso, a taxa de absorção específica (SAR) varia consoante as zonas do corpo, podendo amplificar os efeitos negativos da radiação sobre a saúde reprodutiva.
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Os riscos, no entanto, não se limitam apenas ao aquecimento excessivo. A exposição prolongada a esta radiação parece estar associada a um aumento da produção de espécies reativas de oxigénio (ROS), desencadeando stress oxidativo. Este fenómeno pode provocar danos no ADN dos espermatozoides e interferir no processo de espermatogénese, essencial para a fertilidade masculina, como se pode ler na pplware.
Além disso, foram observadas alterações nas membranas celulares e desequilíbrios nos fluxos iónicos, contribuindo para inflamações e disfunções celulares.
Diante destes resultados, os especialistas alertam para a necessidade de mais investigações sobre o impacto da radiação eletromagnética na fertilidade e recomendam medidas preventivas para reduzir a exposição prolongada a estas ondas.
Evitar guardar o telemóvel no bolso da frente das calças ou utilizar acessórios que minimizem o contacto direto com o corpo são algumas das precauções sugeridas para proteger a saúde reprodutiva masculina.
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