Coimbra
Tecnológica de Coimbra desenvolve sistema de aviso às populações em situações de emergência
O Woodpecker – um sistema de aviso preventivo às populações em situações de emergência – vai ser lançado na próxima quarta-feira, dia 16 de maio, pelas 18 horas, na Sala do Senado da Universidade de Coimbra (UC).
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A sessão conta com a participação de Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC); Teresa Mendes, presidente do Instituto Pedro Nunes (IPN); João Gabriel Silva, reitor da Universidade de Coimbra; e de familiares de vítimas dos incêndios ocorridos no verão de 2017.
A partir da recolha de informação proveniente de fontes diversas, entre as quais dois satélites da NASA, o sistema desenvolvido por uma equipa de 10 engenheiros da tecnológica de Coimbra WIT Software, especialista em soluções de software para operadores de telecomunicações móveis a nível mundial, avalia a situação em tempo real e gera alertas para serem enviados às populações por via de três canais: telemóveis, telefones fixos e sinos de igrejas.
Antes de avançar para a arquitetura do dispositivo, a equipa realizou um estudo sobre os vários sistemas análogos existentes um pouco por todo o mundo, desde a Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, Israel, Japão e Singapura até à Alemanha, Bélgica, Finlândia, França, Noruega, Polónia, Reino Unido e Rússia, entre outros. Ao todo, foram analisados sistemas de aviso de emergência de 29 países. A equipa explorou os pontos fortes e as fragilidades de cada sistema e avançou depois para o desenvolvimento do sistema Woodpecker.
Trata-se de um «sistema de aviso preventivo que é acionado em suportes diferentes. Em caso de incêndio, o sistema permite a visualização em mapa da evolução da situação e gera alertas atempados para serem enviados às populações pelos responsáveis da proteção civil. Os avisos são enviados para os telemóveis, utilizando SMS geolocalizados, para telefones fixos e para dispositivos eletrónicos que serão acoplados aos sinos e altifalantes das igrejas», explica o CEO da WIT Software, Luís Moura e Silva.
O responsável da tecnológica que teve origem na Universidade de Coimbra afirma que pretende oferecer o sistema aos governantes do país e «colocar o software em domínio público para que outras instituições, nomeadamente centros de investigação de instituições do ensino superior, possam melhorá-lo.»
O sistema foi desenvolvido em regime pro-bono, no âmbito da política de responsabilidade social da empresa, e pode ser aplicado em várias outras situações de emergência além de incêndios, como cheias, inundações e terramotos.
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