Saúde
Técnicos de educação social pedem regulamentação para evitar “um desastre”
Os técnicos de educação social criticaram hoje a manutenção de atividades lúdicas ou pedagógicas de grupos em alguns equipamentos sociais e pedem regulamentação específica para o setor social, à semelhança de outras áreas, para que se evite “um desastre”.
Em comunicado, a Associação dos Profissionais Técnicos Superiores de Educação Social (APTSES) recorda as palavras recentes da ministra da Saúde a reforçar a necessidade da existência de planos de contingência de combate à covid-19 nos lares e equipamentos do setor social e defende que “tal como outras áreas de serviços se têm vindo a regulamentar com orientações e obrigatoriedades específicas, o terceiro setor também necessita, com urgência, de regulamentação específica para as entidades de economia social”.
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“Sabemos que mesmo com regulamentação há sempre entidades que teimam em não cumprir, mas também há as que tomam outro tipo de consciencialização sobre o cumprimento das regras. Será um desastre social se não se tiver em atenção a regulamentação para este setor”, acrescenta-se no comunicado.
A APTSES afirma estar a receber relatos de profissionais que criticam a manutenção de atividades lúdicas de grupo, alertando ainda para o número crescente de denúncias de falta de material de proteção individual, como luvas, desinfetantes, máscaras e aventais.
“Não consideramos que a realização de atividades lúdicas em salas fechadas com mais de duas pessoas seja uma necessidade básica. Os profissionais não podem desempenhar a sua atividade sem o uso devido de material de proteção e desinfeção. Sem ele, colocam em causa a sua segurança e dos seus clientes/utentes”, lê-se no comunicado em que também se defende que muitas destas situações podem ser substituídas por teletrabalho, uma opção mais recomendável e que salvaguarda a saúde de técnicos e utentes, sobretudo os mais idosos.
“Temos verificado que muitos dos profissionais continuam a ir trabalhar sem planos de rotatividade, sem períodos de quarentena, desinfeção e materiais de proteção. Muitos educadores sociais e outros profissionais não têm acesso a locais específicos para troca de roupa ou sala de isolamento, conforme recomendado”, critica ainda a associação no mesmo comunicado.
Aos associados a APTSES deixa uma conjunto de recomendações com base nas orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), entre as quais pede que se evitem admissões de novos utentes nos equipamentos sociais, mas se isso acontecer que seja respeitado e garantido o período de quarentena e realizado o teste de despiste da covid- 19.
Para casos suspeitos pede também que seja garantido um local para isolamento.
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