Economia
TAP fecha o ano com prejuízos de 95,6 milhões
A TAP fechou o ano passado com prejuízos de 95,6 milhões de euros, um agravamento de 37,6 milhões face a 2018, segundo os resultados da empresa hoje comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo a informação divulgada pela CMVM, o resultado da Transportes Aéreos Portugueses, S.A. decorre do investimento na “renovação da frota, sendo os custos relacionados com o processo de transformação da frota de aproximadamente 55 milhões de euros”.
Nas informações enviadas à CMVM, a empresa sublinha, contudo, a recuperação do resultado líquido no segundo semestre do ano, atingindo 16,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 36% quando comparado com o segundo semestre de 2018.
A TAP diz ainda que o investimento na frota e o decréscimo nas receitas de passagens das rotas brasileiras no primeiro semestre de 2019 tiveram um impacto negativo no resultado líquido anual.
Na comunicação à CMVM, a TAP recorda que no ano passado 30 aviões Airbus de última geração da família NEO entraram em operação, permitindo à empresa a expansão para 11 novos mercados, “dos quais se destacam o início das operações no Médio Oriente (Tel Aviv), expansão nos EUA, com o contributo das novas rotas que começaram em junho (São Francisco, Chicago e Washington) e novas rotas em África (Conacri e Banjul)”.
A companhia registou um número recorde de passageiros transportados em 2019, atingindo 17,1 milhões, mais 8,2% quando comparado com período homólogo, e defende que a estratégia de diversificação aplicada foi “bem sucedida”, com o mercado norte-americano a representar já 14% das receitas de passagens, um aumento de três pontos percentuais quando comparado com 2018 e de 8 pontos percentuais face a 2015.
O total de receitas operacionais aumentou em 121,5 milhões em 2019 para 3.298 milhões de euros, com as receitas de passageiros a crescerem 131,6 milhões para 2.914 milhões de euros “em resultado do aumento das receitas operacionais” no segundo semestre de 2019.
As receitas de passagens das rotas da América do Norte e das rotas domésticas (continente e ilhas) aumentaram 33,4% e 13,2%, respetivamente, em comparação com o ano anterior.
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