Região
Tábua rejeita prospeção de minérios em determinadas áreas do concelho
A Câmara de Tábua, no distrito de Coimbra, rejeita a prospeção e pesquisa de depósitos de minerais nalgumas áreas do, por considerar que põe em causa a salvaguarda do património natural, cultural e histórico do concelho.
“A Câmara já se pronunciou com uma série de exclusões”, de modo a tranquilizar a população e esclarecer que a autarquia “garante que efetivamente há uma defesa naquilo que é o património que nunca poderá ser colocado em risco”, disse hoje à agência Lusa, o presidente do município de Tábua, Ricardo Cruz.
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A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) colocou em consulta pública o pedido de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de quartzo e feldspato apresentado pela empresa Cassiterite Sobreda S.A. para uma área intitulada de “Vale de Gaios”, com um total de 22 quilómetros quadrados (Km2), equivalente a 11% do território do concelho de Tábua.
Esta área ocupa parte das freguesias de Tábua, Póvoa de Midões, Midões, Candosa e União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha.
Nesse sentido, a autarquia pronunciou-se com a identificação de locais que, pela sua relevância, considera que importam salvaguardar e preservar, por isso, deverão ser alvo de exclusão.
A Câmara Municipal de Tábua rejeita a prospeção e pesquisa de depósitos de minerais nas aldeias de Vale de Gaios, Sevilha e Várzea de Candosa, no Trilho dos Gaios – Um Percurso com História, nos percursos pedestres denominados PR1, PR2 e PR3 e nos moinhos de água de Vale de Gaios, Sevilha e Ribeira.
A ponte de Sumes e a ponte de Sevilha, a bica de água sulfurosas de São Geraldo, a Pedra da Sé e Via Romana, o Arco da Moura em Várzea de Candosa, o parque industrial de Tábua e explorações agrícolas localizadas na área a pesquisar, são outros dos locais que devem ser excluídos.
“Temos de fazer este esclarecimento para a população também perceber que a Câmara já se pronunciou, garantindo a defesa dos interesses da população e os interesses camarários”, sublinhou.
De acordo com o autarca, neste processo foram auscultadas mais oito entidades públicas, que apontaram a existência de outras condicionantes que devem ser tidas em consideração, tal como o cumprimento do Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira e dos perímetros de proteção de captações de água e linhas de água.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) e a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro foram algumas das entidades auscultadas.
A empresa vai realizar em cada freguesia abrangida, pelo menos, uma sessão pública de esclarecimento dirigida às populações.
A consulta pública em curso, aberta à participação de todos os cidadãos e entidades que se queiram pronunciar sobre este assunto, decorre até ao dia 10 de novembro.
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