Saúde

Surpresa! A verdade sobre se os telemóveis causam cancro ou não

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 9 minutos atrás em 17-03-2025

Imagem: Depositphotos.com

Durante anos, surgiram preocupações sobre a possibilidade das ondas de rádio emitidas pelos telemóveis estarem associadas ao desenvolvimento de cancro. No entanto, uma nova revisão sistemática encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere que não há qualquer evidência científica sólida que comprove essa relação.

O estudo, publicado na revista Environment International, analisou mais de 5.000 investigações realizadas entre 1994 e 2022, com um foco especial em cancros do sistema nervoso central, como gliomas, meningiomas e neuromas acústicos. Os investigadores concluíram que, apesar do crescimento exponencial no uso de dispositivos móveis nas últimas décadas, não houve um aumento correspondente nos casos de cancro cerebral. Além disso, não foi encontrada qualquer relação entre o tempo de utilização dos telemóveis e o risco de desenvolver a doença.

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Este relatório contraria uma decisão anterior da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Cancro (IARC), um organismo da OMS, que em 2011 classificou a exposição a ondas de rádio como “possivelmente cancerígena”. Contudo, segundo os especialistas, essa categorização foi baseada em evidências limitadas na altura. Agora, com um volume muito maior de dados e estudos mais abrangentes, os cientistas afirmam que a exposição às ondas de rádio emitidas pela tecnologia sem fios não representa um risco significativo para a saúde humana, dá conta a Prevention.

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Ken Karipidis, autor principal do estudo e professor da Agência Australiana de Proteção contra Radiação e Segurança Nuclear, reforça que esta nova análise permite maior confiança na segurança do uso de telemóveis.

Os investigadores destacam que a radiação emitida pelos telemóveis é de tipo não ionizante, o que significa que não tem a capacidade de alterar diretamente o ADN das células, ao contrário da radiação ionizante, presente em materiais radioativos e raios-X. A exposição à radiação ionizante pode causar mutações genéticas e aumentar o risco de cancro, mas este não é o caso dos telemóveis.

Apesar das conclusões tranquilizadoras do estudo, alguns especialistas recomendam a adoção de hábitos prudentes, como evitar a exposição prolongada e direta da cabeça ao telemóvel. Embora não haja evidências concretas de riscos associados ao uso dos dispositivos, ainda podem existir efeitos desconhecidos que merecem mais investigação.

Para já, as conclusões reforçam que o uso de telemóveis, dentro dos padrões habituais, não representa uma ameaça à saúde no que diz respeito ao risco de cancro.


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