Saúde
Sonho de ser advogada termina em tragédia no bloco operatório
Maria do Céu tinha 17 anos e sonhava ser advogada. O sonho não chegou a ganhar asas. Ficou por terra quando entrou no bloco operatório para uma cirurgia a um sopro no coração que deveria demorar não mais do que três horas. Mas sete horas passaram e os médicos informaram os pais que a jovem teria 48 horas de vida.
Tudo aconteceu no Hospital de São João, no Porto, em 2014. Maria do Céu despediu-se dos pais com um “até já”. Agora, “não anda, não fala e depende de terceiros para todas as atividades. Tinha o sonho de ser advogada. No dia seguinte à operação, à frente do médico, a família recebeu a notícia de que a jovem tinha recebido uma bolsa de estudo para a faculdade. O profissional de saúde disse para a professora dar a bolsa a outro aluno, porque ‘ela já não precisa'”, adianta o Correio da Manhã.
“Em 2016, foi apresentada queixa-crime no DIAP do Porto, por alegada prática de um crime de ofensa à integridade física por negligência, mas acabou arquivada por falta de elementos. No entanto, em 2017, deu entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto uma ação cível contra os 16 profissionais que estiveram envolvidos na cirurgia, contra o diretor do serviço de cardiologia e contra o próprio hospital por danos patrimoniais e não patrimoniais sofridos. Os pais de Maria do Céu pedem 960 mil euros de indemnização”, de acordo com a notícia.
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A família contou ao jornal que precisa de mais de 1.000 euros por mês para as despesas da filha. Neste momento decorre uma campanha para ajudar a comprar uma carrinha adaptada para transportar a jovem.
“Os pais construíram um quarto adaptado no rés-do-chão da casa da família. A mãe lamenta que, de todas as ajudas, nenhum apoio tenha vindo do hospital”, conclui.
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