Câmaras
Somos Coimbra: “Respeito aos trabalhadores municipais” e à AR justifica ausência na reunião
Os vereadores do grupo independente Somos Coimbra vão estar ausentes da reunião presencial do executivo camarário prevista para amanhã, às 15h no Salão Nobre, depois de ter sido recusado o requerimento pelo presidente Manuel Machado para realização por meios digitais.
“A resposta foi negativa, com a alegação de que não era possível “suspender a democracia” e que a CMC não estava preparada para realizar a reunião por videoconferência.” Apesar de terem enviado um novo requerimento para o mesmo efeito, depois da resposta negativa, os vereadores afirmam que “irão solicitar formalmente que esta falta seja considerada justificada” e durante o estado de emergência que vigora.
O “significado da inédita declaração do Estado de Emergência por motivos de calamidade de Saúde Pública não foram suficientes para alertar a coligação PS-PCP que governa a autarquia para a seriedade do momento presente” considerando que a CMC “não é capaz de seguir o exemplo da Universidade de Coimbra” tornando-se “confrangedoramente incapazes de dar um bom exemplo ao país”.
O vereadores do movimento. liderado pelo médico José Manuel Silva, acrescentam que “caso se mantenha a reunião da CMC em presença física, não estarão presentes” em primeiro lugar, em respeito pela Organização Mundial de Saúde, que qualificou a emergência de saúde pública ocasionada pela doença COVID-19 como uma pandemia internacional, constituindo uma calamidade pública e “em respeito pelos órgãos de soberania nacionais, que declararam o Estado de Emergência em função do agravamento exponencial da doença COVID-19, cada vez com mais infetados e mais mortos.
Mas também afirmam, “em respeito pela Assembleia da República”, que aprovou a Lei 1-A/2020, que define “medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e da doença COVID-19”, em respeito pelas recomendações da DGS, estando à cabeça o distanciamento social (a mais importante “arma da guerra” contra a transmissão deste vírus letal).
Destacam também que a ausência na reunião pretende ainda manifestar “respeito e em nome dos trabalhadores da CMC, que são prepotentemente obrigados a deslocarem-se às instalações da Câmara, mesmo em departamentos que estão completamente encerrados, com óbvios riscos para a sua saúde e a sua vida e dos seus familiares”.
“Deveriam ter colocado de imediato, sem hesitações nem delongas, todos os seus trabalhadores, em que essa forma de trabalho é possível, em teletrabalho – revela a mesma nota – e deveriam ter transformado de imediato todas as reuniões presenciais em reuniões à distância, procedendo à competente e atempada preparação.”
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