A Sociedade Portuguesa de Transplantação (SPT) acaba de lançar uma petição pela criação do Dia Nacional do Transplante, já em 2014, com o objetivo dar maior visibilidade à transplantação em Portugal, de forma a permitir uma melhor compreensão da doação de órgãos em vida e no cadáver, numa altura em que atividade se debate com falta de dadores e uma quebra na colheita de órgãos.
A história da transplantação em Portugal conta já com três décadas de atividade contínua, desde que os primeiros transplantes com rim de cadáver, em Lisboa e Coimbra, em 1980, abriram caminho a uma atividade contínua e sistematizada. Em 30 anos de atividade, a transplantação em Portugal teve um trajeto notável. Ao rim sucederam-se outros órgãos: fígado, coração, pâncreas, intestino, pulmão, córnea, medula, osso e o número de transplantes efetuados teve um crescimento significativo, com crescente maturidade técnica e resultados clínicos que colocam Portugal na vanguarda da transplantação mundial.
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No entanto, ainda há muito a fazer nesta área, o que torna ainda mais premente a instituição desta efeméride. Segundo Fernando Macário, presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação “as condições de trabalho em algumas unidades de transplantação podem, e devem, ser melhoradas; é preciso captar para a transplantação jovens profissionais incentivando-os com melhores condições de trabalho; as barreiras éticas em algumas áreas devem ser melhor definidas; as tomadas de decisão e legislação devem ser efetuadas com auscultação dos profissionais; deve ser feito um esforço de organização da colheita de dados para monitorização efetiva da qualidade clínica da transplantação em Portugal e, nesse ponto, os registos da Sociedade Portuguesa de Transplantação deverão ser olhados como uma fonte de informação fundamental”.
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