Coimbra
Socialistas querem valorizar nascente do rio Mondego
O PS entregou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo que desenvolva as ações necessárias para a recuperação e a valorização da nascente do rio Mondego, na Serra da Estrela.
No documento, os deputados socialistas Carlos César, Santinho Pacheco e Maria Antónia Almeida Santos, sugerem a elaboração e execução “urgentes” de um projeto de salvaguarda e valorização da nascente do rio Mondego, conhecida na região como Mondeguinho, “nas suas componentes patrimonial, ambiental, florestal, cultural e arquitetónica, devolvendo ao local o simbolismo que justifica e merece, como marca do turismo da Serra da Estrela e identidade de toda a Região Centro”.
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O PS lembra que a Serra da Estrela é uma montanha que faz parte do imaginário de todos os portugueses e que, para “além da neve, da fauna e da flora extraordinárias, a força da sua orografia, os horizontes a perder de vista, as paisagens surpreendentes e inesperadas, é ainda a maior área protegida em solo português, o Parque Natural da Serra da Estrela”.
A Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, “é um lugar mítico ao lado de outras referências que fazem deste território um santuário da natureza com ambientes que nos marcam e maravilham”, acrescentam.
Segundo os deputados socialistas, o Mondeguinho é um “desses sítios que não se esquecem mais”.
Explicam que ali, “numa fonte de água fria e pura, nasce o rio Mondego, entre penedos graníticos, rodeados por torgas, piornos e tremazeiras, a 1.425 metros de altitude”.
Aquele “que é o maior rio português, com 227 quilómetros”, desagua num largo e calmo estuário, na Figueira da Foz, atravessando os municípios de Gouveia, Manteigas, Guarda, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, de novo Gouveia, Seia, Mangualde, Nelas, Oliveira do Hospital, Carregal do Sal, Tábua, Santa Comba Dão, Mortágua, Penacova, Coimbra e Montemor-o-Velho.
No texto do projeto de resolução lembram que o último arranjo da esplanada da nascente do Mondego “terá ocorrido nos anos 50 do século XX”.
“Nos últimos anos, a degradação do local acentuou-se, o lixo marca o espaço, e o vandalismo, a falta de civismo, transformam um lugar simbólico para todo o vale do Mondego, numa apagada e vil tristeza que nos envergonha a todos”, apontam.
A juntar a este cenário, o PS recorda que os incêndios de 2017 “destruíram toda a área florestal envolvente”.
Para Carlos César, Santinho Pacheco e Maria Antónia Almeida Santos, “é preciso reagir e reabilitar” aquele monumento natural localizado “numa área classificada de reserva integral, de enorme valor ambiental”.
Terminam referindo que o Estado e as autarquias têm pela frente “o desafio da recuperação arquitetónica e a conservação paisagística do Mondeguinho, dando-lhe visibilidade e dignidade”.
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