Saúde

Sobrevivente de cancro denuncia exames a 400 euros sem comparticipação do Estado

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 semana atrás em 08-04-2025

Lúcia Matos, vive em Fátima e é sobrevivente de um cancro na tiroide, e denunciou uma situação inesperada e angustiante.

Ao dirigir-se a um laboratório para realizar exames, foi confrontada com um custo superior a 400 euros, sendo que os testes não estavam comparticipados pelo Estado, relata ao Correio da Manhã.

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Lúcia explicou que após ter sido diagnosticada com um cancro maligno, a sua saúde começou a deteriorar-se. “Agora, senti-me com necessidade de mais ajuda, porque para além de ser doente oncológica, entrei na menopausa e fiquei em colapso”, indica, recordando um episódio recente em que sofreu um caso de dissociação. Dado que não obteve resposta em tempo útil no Centro de Saúde de Ourém, decidiu pagar por uma consulta numa clínica privada, onde o médico lhe pediu diversos exames.

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Ao dirigir-se ao Centro de Saúde de Ourém para obter as credenciais necessárias para os exames, foi surpreendida ao descobrir que, sem a devida aprovação, o custo dos exames solicitados ultrapassava os 400 euros. “Se não entra [dinheiro], como é que temos que chegar para ir fazer exames e para sobreviver?”, questiona a mulher, que, com o seu marido, mantém um negócio fechado há meses devido a problemas de saúde.

Em resposta àquele jornal, a Unidade de Saúde Local da Região de Leiria afirmou que os médicos do SNS são responsáveis apenas por emitir exames e análises clinicamente indicados para cada paciente. A instituição sublinhou ainda que, embora lamentassem a condição de saúde de Lúcia, o facto de ela ser doente oncológica não alteraria a análise do pedido, uma vez que a prescrição carecia de fundamentação clínica. Além disso, vários dos exames solicitados não são comparticipados pelo SNS.

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