Saúde

SNS quer centros para atestados médicos em todo o país até final de 2024

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 26-06-2023

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) quer criar Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) em todo o país até final de 2024, disse hoje o diretor executivo em Matosinhos, local de um projeto-piloto que já emite atestados.

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“É um serviço inovador para os utentes. O objetivo é que, quando alguém precisa de renovar a carta de condução, de caçador, de desportos náuticos, de uso e porte de arma, enfim, aquelas declarações médicas que são necessárias, ao invés de se estar a marcar uma consulta com o médico de família, facilmente agenda neste local essa avaliação”, explicou Fernando Araújo aos jornalistas no final de uma visita ao CAMP da Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos, no distrito do Porto.

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O centro de Matosinhos enquadra-se num projeto-piloto em que também está envolvida a ULS do Alto Minho, cujo CAMP foi também hoje visitado por Fernando Araújo, em Viana do Castelo.

“Queremos muito, durante este ano e o próximo, à medida que as Unidades Locais de Saúde (ULS) se forem criando, replicar este modelo. Aqui serão dois bons casos de avaliação, de utilização, e serão dois casos de sucesso, não tenho dúvidas”, disse o diretor executivo do SNS, acrescentando que o objetivo é até ao final do próximo ano haver estes serviços em todo o país.

Segundo Fernando Araújo, o CAMP tem duas vantagens: “A primeira é que liberta o médico de família para a doença aguda, para doentes que precisam mesmo de ser vistos, retirando esta área mais administrativa e burocrática ao médico de família”.

“Por outro lado [o utente] acaba por ter aqui um serviço muito fácil, muito simples, podendo até no portal do utente registar-se, e desta forma ter a resposta aos seus problemas, neste caso o atestado para poder renovar a carta, de forma muito tranquila”, acrescentou.

Fernando Araújo salientou ainda que são reduzidos atritos na “relação de confiança entre médico e utente”, que por vezes fica “abalada quando o médico acha que o utente não poderia conduzir”, por motivo de idade ou por outros problemas médicos, e assim essa relação “deixa de ficar com um impacto negativo”, assinalou.

“É um serviço diferente que faz essa avaliação e, de forma tranquila, decide se o utente pode ou não, por questões médicas, conduzir as viaturas”, explicou o responsável.

Segundo Fernando Araújo, em Matosinhos “as marcações abriram na semana passada, e já há mais de 60 marcações feitas, as pessoas aderem facilmente a este conceito”.

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