Os dados revelados pelo Infarmed hoje, Dia das Doenças Raras, indicam ainda que a Autoridade do Medicamento aprovou em 2017 o financiamento de sete medicamentos para tratar doenças raras (órfãos) e que, no total, estão disponíveis e a ser utilizados 62 fármacos do género, mais do dobro do que há 10 anos.
Segundo o Infarmed, “o número de moléculas destinadas ao tratamento de doenças raras tem vindo a crescer a nível europeu, em resposta às necessidades de doentes que têm habitualmente menos alternativas terapêuticas”.
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“Nem todos os medicamentos aprovados na União Europeia foram utilizados em Portugal, por não terem sido ainda prescritos ou por não existirem casos diagnosticados das doenças a que se destinam”, recorda.
O Infarmed refere que, entre janeiro e novembro de 2017, os medicamentos órfãos representaram um investimento de 89,2 milhões de euros para o SNS, mais 3,3 milhões de euros do que no período homólogo.
“O peso no total da despesa com medicamentos nos hospitais tem-se mantido estável, representando 8% do total”, indica a nota da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.
Acrescenta ainda que “o acesso ao tratamento tem sido garantido nos hospitais portugueses, seja através do financiamento ou de acesso a autorizações de utilização excecional (AUE), sempre que estes medicamentos ainda estejam em avaliação”, e recorda que no ano passado foram tratados 398 doentes através de AUE.
A oncologia destaca-se como a área terapêutica com mais peso, com 60% do total, seguida das doenças respiratórias (15%) e da infecciologia (4%).