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Sismo: Turquia recusa abrir passagens em áreas curdas na Síria

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 14-02-2023

O Governo turco recusou abrir as passagens de fronteira em áreas controladas pelos curdos na Síria, quando decorrem esforços internacionais para ajudar os afetados pelos sismos da semana passada na Turquia, perto da fronteira síria.

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“Está fora de questão que a Turquia abra as passagens de fronteira em locais [na Síria] controlados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e pelas Unidades de Proteção do Povo (YPG)”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, citado pela agência de notícias estatal turca Anatólia.

Ancara disse às Nações Unidas que é possível “enviar ajuda humanitária através das duas passagens sob controlo turco”.

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“Dissemos que podemos abrir estas passagens para a ajuda humanitária”, afirmou Cavusoglu, enfatizando o “dever humanitário de fornecer ajuda ao povo sírio após os sismos mortais”.

A Turquia realizou inúmeras campanhas militares contra as milícias curdas no norte do Iraque e na Síria, incluindo uma lançada em novembro contra o PKK e o YPG – principal integrante das Forças Democráticas da Síria (FDS), apoiadas pelos Estados Unidos – após o ataque de 13 de novembro em Istambul, que deixou seis mortos e mais de 80 feridos.

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As declarações de Cavusoglu foram feitas depois de a Síria ter aberto as passagens de Bab al-Salam e Al-Rai na segunda-feira, na fronteira com a Turquia, por um período de três meses, para facilitar a entrada de ajuda humanitária no país, confirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

O balanço mais recente indica que os terramotos – um de magnitude 7,8 na escala de Richter, a que se seguiram várias réplicas, uma das quais de magnitude 7,5 – ocorridos em 06 de fevereiro deixaram nos dois países mais de 36.200 mortos, incluindo mais de 31.600 em território turco.

Na Síria foram mais de 4.500 mortos, incluindo 1.414 em áreas controladas pelo Governo e cerca de 3.160 em áreas controladas por rebeldes no noroeste do país, segundo dados da Defesa Civil síria, conhecidos como “capacetes brancos”.

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