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Sismo “abala” Oliveira do Hospital. Utentes da ARCIAL resgatados
Baixar, proteger e guardar. Três palavras, três gestos que podem salvar vidas. Este lema foi executado, na manhã desta terça-feira, 5 de novembro, na Associação Para Recuperação de Cidadãos Inadaptados de Oliveira do Hospital (ARCIAL), em Oliveira do Hospital.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em colaboração com diversas entidades públicas e privadas, promoveu a 12ª edição do exercício nacional de sensibilização para o risco sísmico – A Terra Treme.
O objetivo é capacitar a população para saber como agir antes, durante e depois de um sismo, sensibilizando os cidadãos para o facto de vivermos numa sociedade de risco e desafiando-os a se envolverem no processo de criação comunidades mais resilientes.
Oliveira do Hospital foi o munícipio escolhido, a nível regional, para se efetuar este simulacro.
O alerta soou às 11:05. Nas várias salas da ARCIAL todos se baixaram e se protegeram. Foi assim que estiveram durante um minuto e, depois da ordem dada, tiveram de sair ordeiramente para o exterior.
Já cá fora, fizeram a contagem e deram por falta de duas pessoas. Os bombeiros apagaram as chamas, entraram no edifício e resgataram os dois utentes.
“Treinámos o risco sísmico com os três gestos que podem fazer diferença […] Quisemos fazer diferente. Os alunos de uma escola é fácil. No ensino especial é mais difícil”, refere Carlos Luís Tavares, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra.
O plano de emergência foi executado na perfeição, “ou seja, evacuaram o edifício de forma ordeira e deram por falta de dois utentes […] Os meios de socorro garantiram a busca e salvamento e o combate ao incêndio”, explica, reforçando que “quanto melhor estivermos preparados”, melhor.
Mas, nestas situações também é importante focar-nos na recuperação, isto é, “no pós-evento, o repor da normalidade é muito importante”, como por exemplo “repor a luz, água, as pessoas que ficaram sem as instalações”, afirma.
“Na ARCIAL treinam, e quando se treina, as coisas fazem-se melhor”, afirma.
Segundo Artur Abreu, presidente da ARCIAL, este dois utentes que estiveram desaparecidos são pessoas que “diariamente se deslocam das suas casas em viaturas da instituição para a sede, passam aqui o dia em atividades ocupacionais, uns praticam desporto outros música”.
Para estes utentes, “foi mais uma forma de os integrar numa cidadania plena”, afiança.
Para Maria Brito da Silva, vereadora da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital é “com orgulho e satisfação [o munícipio] ter sido a escolha regional” para executar este plano.
“A prevenção tem que estar e tem estado na agenda municipal”, conclui.
Entre funcionários e utentes da ARCIAL estiveram presentes meios da ANEPC, nomeadamente Carlos Luís Tavares, comandante do comando sub-regional de Proteção Civil da Região de Coimbra e Nuno Seixas, 2.º comandante, e da Proteção Civil municipal. Assim como meios da GNR com o major Carlos Lopes, os comandantes das corporações dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital, Emídio Camacho, e de Lagares da Beira, António Tavares, bem como elementos da CIM Região de Coimbra, da Brisa, DGEST e da ULS.
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