Coimbra
Sindicato exige compensação para trabalhadores dos casinos que perderam as gratificações
O Sindicato de Hotelaria do Centro pediu hoje às empresas proprietárias dos casinos da Figueira da Foz e de Espinho que paguem “uma compensação económica” aos trabalhadores que perderam as gratificações por estarem em regime de ‘lay-off’.
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“A Direção do Sindicato de Hotelaria do Centro, em representação dos trabalhadores dos Casinos da Figueira da Foz e Espinho, enviou ofício a solicitar que estas empresas, que têm obtido excelentes lucros dos resultados dos anos de 2017, 2018 e 2019, procedam ao pagamento de uma compensação económica aos seus trabalhadores que estão em ‘lay-off’, revelou o sindicato, em comunicado.
O ofício foi enviado à empresa Figueira Praia, proprietária do casino da Figueira, e à Solverde, de Espinho.
Em causa estão as habituais gratificações (gorjetas) entregues pelos clientes aos trabalhadores das salas de jogos tradicionais, da sala de máquinas automáticas e da restauração.
Com o encerramento dos casinos por causa da pandemia covid-19, e a colocação dos funcionários em regime de ‘lay-off’, as gratificações cessaram.
“Os trabalhadores foram muito penalizados com o encerramento dos casinos e, em consequência, com a perda das gratificações”, argumenta o sindicato, acrescentando que as gratificações “são parte significativa do ganho mensal dos trabalhadores”.
Alguns trabalhadores recebem mesmo mais de gratificações do que de salário mensal, adianta o sindicato, que argumenta que os trabalhadores estão a ser duplamente penalizados pelo ‘lay-off’: perderam 33 por cento do salário e as gratificações.
“Muitos trabalhadores viram-se assim, em abril, sem cerca de 50% dos seus rendimentos habituais”, diz o sindicato.
O Sindicato de Hotelaria do Centro considera ainda que as empresas não conseguiram demonstrar “a existência de situação de crise empresarial que justificasse o recurso ao ‘lay-off'”.
Neste contexto, o sindicato propõe “que seja dada uma compensação económica a todos os trabalhadores afetados pela medida, como aliás aconteceu na TAP e noutras empresas”.
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