Escolas
Sindicato desafia Governo a visitar “o país real” onde há turmas com 30 alunos
O Sindicato de Todos os Professores (STOP) desafiou hoje o Governo a visitar “o país real”, onde há turmas com 30 alunos, considerando que a tutela não está a fazer a sua parte para minimizar o risco de contágio.
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“Fazemos um desafio ao primeiro-ministro e ao ministro da Educação de visitarem o país real”, afirmou hoje o coordenador nacional do STOP, André Pestana, que falava numa conferência de imprensa em Coimbra, em frente à Escola Secundária Avelar Brotero, onde há turmas “com 31 alunos, 30 alunos, 29 alunos, 28 alunos”.
De acordo com o dirigente sindical, na maior parte das escolas do país “o número de alunos continua essencialmente o mesmo” em relação ao ano letivo passado.
“[O primeiroministro] António Costa disse que não valeria muito a pena o esforço das escolas e dos diretores em tentar conter o contágio de covid-19, se as famílias também não fizessem esse esforço de contenção. Também não vale muito a pena o esforço que as escolas e as famílias estão a fazer se depois o Governo não está a fazer a sua parte”, criticou.
O STOP, que avançou com pré-avisos de greve para os primeiros dias de aulas (de segunda-feira a quinta-feira), considerou que o Governo teria de avançar com um reforço substancial de pessoal docente e não docente nas escolas por forma a garantir mais condições de segurança, num contexto de pandemia.
“Nós defendemos o ensino presencial, mas ninguém quer um ensino presencial se não estão reunidas as mínimas condições de segurança”, frisou André Pestana.
Segundo o dirigente sindical, o STOP ainda não tem dados sobre a adesão à greve, recordando também que a maior parte das escolas está a decidir começar as aulas no final da semana.
O início do ano letivo começou na segunda-feira e estende-se até quinta-feira, num contexto de pandemia da covid-19 que obrigou as escolas a implementar um conjunto de regras de segurança, definidas pelo Ministério da Educação e pela Direção-Geral da Saúde.
A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.875 pessoas dos 65.021 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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