Coimbra
Silva tenta eliminar Jacinto
Decorreu, durante esta semana, uma operação de controlo e de remoção de jacintos de água na albufeira do Açude Ponte, no âmbito do projeto financiado pelo Fundo Ambiental e estruturado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. O jacinto de água integra a lista nacional das espécies invasoras e tem um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias, anuncia a autarquia liderada por José Manuel Silva.
A espécie foi detetada, pela primeira vez, em julho do ano passado nas margens bacia da albufeira do Açude Ponte de Coimbra pelas equipas de investigadores da Escola Superior de Agrária e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. Prontamente, os investigadores promoveram a sua remoção a partir da margem, trabalho que veio a ser completado a partir do leito do Mondego com a intervenção do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da CM de Coimbra e com o apoio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra. Apesar deste esforço, atendendo às características da espécie, mais tarde vieram a ser detetados novos núcleos, garante a autarquia.
Para esta operação, estavam disponíveis diversos meios, designadamente um veículo anfíbio, máquinas giratórias, embarcações diversas e equipas preparadas para lidar com esta espécie infestante. A utilização dos meios técnicos foi adequada à tipologia de núcleos de jacinto de água identificados.
De acordo com o grupo de investigadores responsáveis pela plataforma www.invasoras.pt e que, também, estão envolvidos na operação, o jacinto de água (Eichhornia crassipes) integra a lista nacional das espécies invasoras. Possui um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias. Importa, ainda, destacar que a espécie pode formar largos tapetes flutuantes, que alteram as condições físicas e químicas da água, afetando também a biodiversidade das massas água que ocupam.
O jacinto de água é apenas uma das espécies invasoras aquáticas que ocorrem na Bacia do Mondego. Estão já identificadas outras espécies como a Alternanthera philoxeroides que pode causar graves disrupções no sistema aquático e que foram também objeto de intervenção feita nos últimos dias. As características biológicas e ecológicas destas espécies impelem a que sejam tomadas todas as medidas possíveis que promovam a sua deteção precoce e a adoção de resposta rápidas que impeçam a sua dispersão, evitando assim impactes ecológicos e económicos mais graves.
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