Saúde
Serviço Nacional de Saúde foi reforçado com mais de 1.100 médicos em 2020
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou hoje que entraram em 2020 para o Serviço Nacional de Saúde mais de 1.100 médicos e que, em janeiro, iniciaram a sua formação outros cerca de 3.900 clínicos.
“Apesar do esforço no combate à covid-19, mantemos a aposta na valorização das diferentes carreiras profissionais, no reforço dos recursos humanos e no empenho em garantir as melhores condições de trabalho para todos”, afirmou António Lacerda Sales na abertura do AIMS-Meeting, um congresso europeu de estudantes de biomedicina, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa.
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Segundo o secretário de Estado, através dos dois concursos de primeira e segunda épocas realizados em 2020, entraram para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) 426 médicos especialistas em medicina geral e familiar, 29 médicos de saúde pública e 700 médicos da área hospitalar, num total de 1.155 clínicos.
“Para além disso, em janeiro entraram para a formação geral 2.032 médicos e iniciaram a sua formação específica 1.867 médicos, o maior número desde 2009”, avançou Lacerda Sales, ao adiantar que, desde 2015, o SNS foi reforçado com mais 24 mil profissionais, entre os quais mais 4.000 médicos.
Segundo o Portal da Transparência do Ministério da Saúde, o SNS tinha ao seu serviço um total de 147.075 profissionais de saúde em janeiro – dos quais 31.406 médicos e 48.739 enfermeiros – mais 9.765 do que em março de 2020, quando se iniciou a pandemia.
Na abertura do congresso `online´, que tinha sido adiado em 2020 devido à pandemia, o secretário de Estado destacou ainda o “esforço e a dedicação de todos os profissionais de saúde, sem exceção”, durante a pandemia da covid-19.
“Se ao longo dos últimos meses, o SNS tem constituído um porto seguro para os portugueses, devem-no aos profissionais de saúde incansáveis no cumprimento da sua missão”, sublinhou António Lacerda Sales.
Na sessão de abertura, o presidente do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN), Daniel Ferro, reconheceu que o ensino clínico e a investigação foram áreas afetadas durante a fase mais crítica da pandemia, mas adiantou que agora será retomada a normalidade.
“Tivemos metade do CHLN dedicado à assistência covid e tivemos 75% dos cuidados intensivos do CHLN dedicados à assistência covid”, avançou Daniel Ferro, ao anunciar que, nesta altura, o centro que integra os Hospitais de Santa Maria e Pulido Valente está em condições de retomar a normalidade do ensino prático e da investigação clínica.
Também presente na abertura, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, referiu que a covid-19 trouxe “algumas oportunidades” na dimensão científica, com “todo o mundo a convergir na ideia de que apenas a ciência pode garantir as soluções” para vencer a pandemia.
“Mas é crucial que rejeitemos as teorias da conspiração” que têm surgido nesta crise e, em alternativa, se promovam as decisões baseadas na evidência científica, preconizou Miguel Guimarães.
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