Desporto

Seleção portuguesa de canoagem no campeonato do Mundo mais curta do que o usual por “motivos estratégicos e financeiros”

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 30-07-2022

 A seleção portuguesa de canoagem apresenta-se no campeonato do Mundo do Canadá mais curta do que o usual, por “motivos estratégicos e financeiros”, ainda assim mantendo a ambição de continuar a conquistar medalhas.

“Os objetivos são os normais que a canoagem tem habituado os portugueses. Vamos com uma equipa relativamente reduzida, mas que nos garante qualidade suficiente para algumas finais e, com certeza, lutar por algumas medalhas”, disse à Lusa o vice-presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), Ricardo Machado.

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Fernando Pimenta, campeão do Mundo em K1 1.000 e ‘vice’ nos 5.000 metros, e que no anterior ciclo olímpico não falhou um pódio em Europeus e Mundiais, será acompanhado em Halifax do K2 500 de João Ribeiro e Messias Baptista, atletas que integram ainda o K4 500, com Emanuel Silva e David Varela. Restam Kevin Santos no K1 200, enquanto Teresa Portela será a única mulher, em K1 200 e 500, além de se juntar a Pimenta no K2 500 misto.

“À partida, o Pimenta será sempre candidato a medalhas. Pelo que foi a nossa participação nas duas Taças do Mundo, o K2 500 também pode ambicionar à luta das medalhas. O K4 e a Teresa Portela são desportistas de nível internacional que num bom dia podem igualmente lutar por esses lugares”, especificou o dirigente.

Uma seleção tão pequena explica-se pela “opção estratégica de apostar principalmente no Campeonato da Europa”, que começa menos de duas semanas depois, além de questões “financeiras”, uma vez que a FPC trabalha com parcos recursos e ajudas.

“Infelizmente, a canoagem portuguesa continua a viver de calculadora na mão. Apesar dos resultados a que temos habituado os portugueses ano após ano, isso não se traduz em mais apoios e seguimos a viver com extremas dificuldades, deixando canoístas de valor de fora destas competições”, lamentou Ricardo Machado.

Se a Halifax vão apenas os atletas inseridos nos projetos Olímpico e Paralímpico, sete no primeiro caso e dois no segundo, já nos Europeus de Munique haverá um total de 22, quatro deles da canoagem adaptada.

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Norberto Mourão, bronze em Tóquio2020 na estreia da paracanoagem, em VL2, vai ter a companhia, na Nova Escócia, de Alex Santos, que também competiu no Japão.

“O Norberto certamente que vai tentar repetir as medalhas que tem conseguido, enquanto do Alex esperamos que prossiga a evolução que tem revelado nos últimos anos”, assumiu Ricardo Machado.

A seleção parte no domingo para Halifax para começar a competir na quinta-feira, tendo alguns dias para se adaptar à pista e, sobretudo, ao fuso horário de quatro horas.

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