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Seis portugueses que se encontram no Sudão estão “bem”
Seis portugueses que estão no Sudão, onde esta semana se registou um golpe militar, foram contactados pelas autoridades portuguesas e encontram-se “bem”, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Fonte deste organismo avançou à agência Lusa que está a acompanhar a situação no Sudão, “em particular no que diz respeito aos portugueses que se encontram no país”.
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O acompanhamento destes portugueses é feito através da Embaixada de Portugal no Cairo e em articulação com o Cônsul Honorário em Cartum.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a secção consular da Embaixada de Portugal no Cairo já estabeleceu contacto com seis cidadãos nacionais que se encontram no Sudão, os quais “se encontram bem”.
Este ministério adiantou que não se registou, até ao momento, qualquer pedido de ajuda por parte de cidadãos portugueses e referiu que foram aconselhados a manterem-se “calmos e atentos ao desenrolar da situação”.
Estes portugueses foram ainda aconselhados a evitar saídas à rua e para que respeitassem “as recomendações das autoridades locais”.
Na segunda-feira, o general Abdel Fattah al-Burhan, chefe das Forças Armadas sudanesas, anunciou na televisão estatal do país a dissolução do Governo e do Conselho Soberano – o mais alto órgão executivo do país –, a suspensão de vários pontos da carta constitucional aprovada em agosto de 2019 e que estabelece um roteiro para a realização de eleições, e a instauração do estado de emergência.
A tomada de poder pelos militares, que foi amplamente condenada pela comunidade internacional, seguiu-se a semanas de crescente tensão política no país, intensificadas como uma tentativa de golpe de Estado em 21 de setembro último.
Esforços de membros civis do Governo em reformar o setor da segurança no país geraram uma forte reação dos militares, inclusive de Al-Burhan.
Os militares deixaram de participar em reuniões conjuntas com membros civis, o que atrasou, por exemplo, a aprovação por parte do Conselho de Ministros para a entrega ao Tribunal Penal Internacional (TPI) do antigo ditador Omar al-Bashir e outros dois responsáveis do regime deposto em abril de 2019.
Nas primeiras horas de 25 de outubro, os militares prenderam pelo menos cinco ministros, bem como outros funcionários e líderes políticos, incluindo o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok.
Ao meio do dia de segunda-feira o tenente-general Abdel Fattah al-Burhan, presidente do Conselho Soberano – órgão governativo composto por civis e militares – anunciou que dissolvia o Governo e o próprio Conselho Soberano, e decretava o estado de emergência no país.
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