Coimbra
Seguro veio a Coimbra pedir para Portugal regressar aos mercados de forma limpa
O secretário-geral do PS, António José Seguro, defendeu hoje que Portugal, à semelhança da Irlanda, deve “regressar aos mercados de forma limpa” e sem mais apoios externos.
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“O PS defende que Portugal regresse aos mercados de forma limpa, isto é, sem necessitar de apoio”, reiterou o líder socialista, em Coimbra.
António José Seguro intervinha no encerramento da assembleia geral da Associação Nacional de Autarcas Socialistas (ANA PS), para cuja liderança foi eleito José Luís Carneiro, presidente da Câmara de Baião e da Federação do Porto do PS, sucedendo a Rui Solheiro, ex-autarca de Melgaço e atual secretário-geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
“O que queremos sabemos muito bem: que Portugal siga o caminho da Irlanda, que Portugal regresse aos mercados de forma limpa”, insistiu, salientando ter sido “para isso que o primeiro-ministro exigiu tantos sacrifícios” aos portugueses.
No entanto, Portugal “entra no novo ano sob o signo da incerteza”, disse.
“Vamos terminar, no final do primeiro semestre deste ano, o programa de assistência e económica e financeira a Portugal e não sabemos o que vai acontecer ao nosso país”, adiantou António José Seguro.
Ao questionar “se será uma saída com ajuda ou sem ajuda”, advertiu que “qualquer tipo de apoio exige mais sacrifícios” aos cidadãos.
“Nós não escondemos a diferença entre um programa cautelar e um segundo resgate”, referiu.
O secretário-geral do PS recusou “mais sacrifícios e mais sofrimento”, sobretudo para os reformados e pensionistas, e insurgiu-se contra uma “TSU dos idosos”.
O PS “está contra essa nova TSU dos idosos” que o Governo de Pedro Passos Coelho “se prepara para aplicar” no âmbito do Orçamento de Estado para 2014.
“Não tinha de ser assim”, mas tal acontece “por impreparação para governar” e por “opção ideológica” do executivo de coligação PSD/CDS, num momento em que “uma parte ínfima de portugueses se transforma em milionários”, enquanto, segundo António José Seguro, a classe média “está praticamente dizimada” pelas políticas dos últimos dois anos e meio.
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