Autárquicas
Seguro e Arnaut querem 25 de Abril em Penela
O secretário-geral socialista e o antigo ministro António Arnaut criticaram hoje uma ausência de democracia em Penela, concelho tradicionalmente PSD, com o fundador socialista a dizer que o 25 de Abril “vai chegar” a este município.
Discursos feitos no final de uma arruada em Penela, que se seguiu a uma primeira ação de campanha em Miranda do Corvo – outro município do distrito de Coimbra que tem sido dominado pelos sociais-democratas.
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Em Penela, vila de que é natural António Arnaut, os discursos visaram apresentar o que está em causa nas próximas eleições autárquicas do ponto de vista político.
“Temos de fazer desta terra uma terra de justiça, progresso e liberdade. O 25 de Abril vai chegar. As minhas palavras ficam por aqui”, afirmou António Arnaut, considerado o “pai” do Serviço Nacional de Saúde.
António José Seguro foi mais específico nas denúncias sobre uma alegada falta de pluralismo e de democracia interna neste município, que teve como presidente da Câmara o ex-secretário de Estado da Administração Local Paulo Júlio.
“No domingo o voto é secreto. Ninguém vai descobrir”, preveniu o líder socialista, dirigindo-se às dezenas de pessoas que o escutavam na Praça da República de Penela.
De acordo com o secretário-geral do PS, “ainda não chegou o 25 de Abril a Penela”, uma ideia que disse poder parecer “um exagero, mas não é”.
“Aqui em Penela há três centros empregadores, que têm sempre a mão direta ou indireta do poder autárquico e do poder do PSD. Por isso, quem está aqui a dar a cara merece o meu respeito e reconhecimento. Para este país, não queremos que os 10,5 milhões de portugueses pensem da mesma maneira, mas que todos possam assumir a defesa das suas posições, podendo criticar e não ser prejudicados por isso”, referiu Seguro.
Antes de Penela, Seguro esteve em Miranda do Corvo, concelho em que a atual presidente da Câmara, Fátima Ramos, não se recandidata, por ter atingido o limite de três mandatos consecutivos, tendo, no entanto, um seu filho como “número três” da lista social-democrata candidata à Câmara.
O secretário-geral do PS começou a ação de campanha na Praceta Fausto Correia, numa homenagem ao seu antigo amigo e antigo secretário de Estado dos governos de António Guterres, que faleceu em 2008.
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