Partidos

Seguro acusa Passos de ter ideias do passado

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 19-05-2014

O secretário-geral do PS respondeu hoje às críticas por ter apresentado compromissos políticos em período de companha eleitoral, considerando que o primeiro-ministro tem uma conceção do passado ao separar as prioridades nacionais e as europeias.

António José Seguro falava num almoço comício do PS em Soure, município do Baixo Mondego tradicionalmente dominado pelos socialistas.

PUBLICIDADE

Na sua intervenção, o secretário-geral do PS, tal como acontecera no domingo, durante o comício do Porto, voltou a referir-se a alguns dos 80 compromissos assumidos pelos socialistas e que constam num documento denominado “Contrato de Confiança”.

“Não entendo como o primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] critica o PS por apresentar as bases do seu programa de Governo numa altura de eleições europeias. Eles [Governo PSD/CDS] não percebem que as coisas entre a Europa e Portugal estão interligadas, eles não percebem que a política nacional e a política europeia exigem as mesmas respostas com as mesmas prioridades. Entender que uma coisa é Europa e outra coisa é Portugal é um tempo passado”, sustentou o secretário-geral do PS.

Ainda de acordo com o líder socialista, o PS apresentou no sábado passado, na Convenção “Novo Rumo para Portugal”, os seus 80 compromissos políticos, precisamente, “para que os portugueses não vão votar ao engano e para que os portugueses saibam com clareza o que propõe o PS, quer para Portugal, quer para a Europa”.

“Ora, foi isso que os incomodou, porque eles [Governo PSD/CDS] perceberam que o povo português percebeu que há um caminho alternativo, respeitando os compromissos europeus e colocando as prioridades no lugar certo: Criação de emprego e estímulo à economia”, defendeu o líder socialista a meio da sua intervenção.

Neste contexto, o secretário-geral do PS falou depois de alguns desses 80 compromissos, principalmente, do plano de reindustrialização, da política para o mar e do programa de formação profissional para desempregados, sobretudo com mais de 40 anos, orientando-os para os setores mais competitivos a nível nacional.

PUBLICIDADE

publicidade

“Nós não desistimos deles”, disse numa alusão aos desempregados de longa duração, após ter feito referências aos jovens quadros qualificados, lamentando que criadores portugueses nas áreas digital e tecnológica se transfiram para países estrangeiros e acabem por não desenvolver a sua atividade em território nacional.

Antes, António José Seguro tinha traçado um quadro negro da situação nacional com 800 mil desempregados, 300 mil cidadãos desincentivados que já não procuram trabalho e mais 200 mil cidadãos (muitos quadros qualificados) que emigraram do país.

Seguro defendeu a seguir uma política de estímulos ao investimento e ao crescimento, partindo da possibilidade de o Banco Central Europeu poder começar diretamente a conceder empréstimos a Estados-membros.

“Eles não entendem que a política nacional e a política europeias têm as mesmas prioridades”, vincou Seguro.

 

 

Related Images:

PUBLICIDADE

publicidade

PUBLICIDADE