Crimes

Segurança salva mulher de episódios de violência doméstica 

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 30-01-2023

Agressor e vítima reataram uma relação antiga após o homem ter saído da cadeia, em julho de 2021. No mesmo ano, em setembro, já viviam na mesma casa. Foi a partir deste ponto, que as humilhações, agressões e o controlo por parte do companheiro começaram. A mulher, em novembro, não aguentou mais o ambiente de violência. Escapou ao homem e pediu ajuda a um segurança de um serviço público de Angra do Heroísmo, nos Açores.

As autoridades investigaram o caso e apuraram que a mulher era trancada à chave durante a noite e nunca andava sozinha durante o dia. Estava impedida de aceder ao seu telemóvel e de contactar familiares, adianta o Correio da Manhã.

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O homem tem cadastra e é reincidente em crimes sexuais. Foi condenado a 9 anos de cadeia, por violação e violência domésticas, mas o Tribunal da Relação de Lisboa suavizou-lhe a pena recentemente. Após um recurso do arguido, os juízes desembargadores da Relação de Lisboa reduziram-lhe em um ano de cadeia a punição a que estava sujeito. Tem agora 8 anos de prisão para cumprir, segundo informa o jornal.

O Correio da Manhã teve acesso ao processo que descreve o ambiente vivido naquela residência. “Primeiro, o homem retirou-lhe a medicação para vários problemas de saúde, depois, o cartão do telemóvel e a seguir impediu-a de trabalhar. Em simultâneo as ofensas: “vadia”, “prostituta”, “cabra” e “velhaca” são aquelas que se conseguem reproduzir nesta página e que terminavam sempre com “devias morrer” ou “devias estar morta”. Seguiram-se as agressões. Primeiro bofetadas e depois murros. Um dia forçou o sexo e violou a mulher.”

O agressor foi condenado por 24 crimes de atos sexuais com adolescentes, um deles agravado, e por um crime de violência doméstica. Cumpriu 10 anos e seis meses e saiu em liberdade condicional em julho de 2021. Quatro meses depois já estava em prisão preventiva à ordem deste processo. Em fevereiro do ano passado passou para prisão domiciliária com vigilância eletrónica.

A mulher toma medicação específica para vários problemas de saúde, nomeadamente, para um aneurisma cerebral, três hérnias na coluna e problemas de funcionamento da tiroide. O agressor tinha medo de ser drogado e deitou os medicamentos para o lixo.

A obsessão para que a mulher não comunicasse com ninguém era tal que a vítima foi obrigada a acompanhar o agressor para o local de trabalho, durante alguns dias.

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