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Segurança reforçada no primeiro aniversário do ataque aos três poderes em Brasília
A segurança de Brasília, capital do Brasil, será reforçada no próximo dia 08, um ano após ‘bolsonaristas’ tentarem derrubar o Governo do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo fontes oficiais.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Cappelli, confirmou hoje esse reforço, sem especificar muitos detalhes, durante um evento na sede do governo regional de Brasília.
Cappelli explicou que, por ocasião do ato de “reafirmação democrática” que Lula da Silva liderará na próxima segunda-feira na capital do Brasil, com autoridades do parlamento, do Supremo Tribunal Federal e de outras instituições, “todas as forças de segurança serão mobilizadas.”
“Não há hipótese de que o que aconteceu em 2023 se repita no dia 08 de janeiro”, no que foi um “ataque inaceitável à democracia”, declarou o secretário-executivo.
Cappelli reiterou que as autoridades estão a acompanhar grupos de extrema-direita nas redes sociais e que detetaram algumas convocatórias para eventos no dia 08 de janeiro deste ano, mas esclareceu que, até ao momento, não existem “ameaças graves.”
O representante do Ministério da Justiça brasileiro também garantiu que serão permitidas “manifestações democráticas”, mas não aquelas que possam prejudicar o Estado de direito.
“O Brasil é um país livre e democrático”, mas “uma manifestação democrática não deve ser confundida com tentativas de golpe ou ataques aos poderes constituídos”, disse Cappelli, acrescentando que 08 de janeiro “será um dia para celebrar um fortalecimento da democracia.”
Em 08 de janeiro de 2023 milhares de ativistas de extrema-direita que apoiavam o ex-presidente Jair Bolsonaro atacaram as sedes da Presidência, do Parlamento e do Supremo Tribunal Federal, localizadas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com o objetivo de forçar uma intervenção militar e destituir Lula da Silva, que havia tomado posse oito dias antes.
A segurança daquela área central da capital brasileira ficou a cargo das autoridades policiais regionais, cujas ações ainda estão a ser investigadas por suspeita de que tenham facilitado a ação dos ‘bolsonaristas’ que invadiram e saquearam as sedes dos três poderes.
Cappelli aludiu a isso e ressaltou que “um dos diferenciais deste próximo 08 de janeiro é que Brasília passou a contar com autoridades policiais honestas e comprometidas com a democracia.”
Por estes factos, cerca de 2.000 pessoas foram presas e acusadas, das quais trinta já foram condenadas a penas de até 17 anos de prisão.
Entre os já condenados e os que cumprem prisão preventiva, encontram-se 66 dos visados, enquanto os demais são investigados, mas estão em liberdade.
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