Saúde
Se as pessoas assumirem que é para sair de casa, então está tudo estragado
O primeiro-ministro advertiu hoje que o fim do estado de emergência, no sábado, não significa o regresso à normalidade e que, se as pessoas assumirem que é para sair de casa, então “está tudo estragado”.
Esta advertência foi deixada por António Costa em entrevista à RTP, em São Bento, que durou cerca de uma hora.
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“Se as pessoas assumirem que o fim do estado de emergência significa ‘sair de casa’, bom, está tudo estragado”, declarou o primeiro-ministro, acentuando que as pessoas têm de perceber que a passagem do estado de emergência para o estado de calamidade, a partir de domingo, não significa qualquer regresso à normalidade.
Questionado sobre as reservas que o Governo levantou antes da primeira vez que o Presidente da República decretou o estado de emergência, que começou a vigorar em 19 de março, o primeiro-ministro respondeu: “As dúvidas que eu tive foram de calendário”.
“Não tive dúvidas de que havia um momento em que era importante, até do ponto de vista da mensagem política, da consciência social da gravidade da situação, que houvesse estado de emergência em Portugal. A minha dúvida era saber se devia ser naquela semana, uma semana ou 15 dias depois, porque também senti que, nessa altura, muitas pessoas acreditaram que se estivéssemos 15 dias fechados em casa o problema passava” justificou.
O primeiro-ministro disse depois que, pela sua parte, sempre teve “a noção perfeita de que o problema não iria passar em meio ano ou um ano”.
Com a passagem de Portugal do estado de emergência para o estado de calamidade, a partir de domingo, António Costa considerou que, “com exceção das restrições aos direitos coletivos dos trabalhadores, designadamente o direito à greve, não há propriamente nenhuma grande medida que tenha deixado de ser possível”.
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