Coimbra
São Mateus em Soure com Paulo de Carvalho, Anselmo Ralph, Quatro e Meia, Orelha Negra e Augusto Canário
Paulo de Carvalho, Anselmo Ralph, Quatro e Meia, Orelha Negra, philar búrdia e Augusto Canário são as grandes atrações do São Mateus, em Soure.
PUBLICIDADE
Recordamos que o fim-de-semana mais próximo do dia 21 de Setembro (feriado municipal) é o momento definido para as comunidades sourenses promoverem as maiores festas do concelho, em honra do apóstolo Mateus – que, em simultâneo, representam uma das maiores peregrinações e romarias da região do Baixo-Mondego e Gândaras.
Mário Jorge Nunes, Presidente da Câmara Municipal de Soure declarou que o evento mantém, preserva e promove a cultura e a economia de Soure.
O autarca realçou que os espectáculos de Paulo de Carvalho, Anselmo Ralph, Quatro e Meia, Orelha Negra, philar búrdia (Filarmónica do Cercal e Banda de Vila Nova de Anços) e Augusto Canário decorrem numa tenda gigante instalada no Parque dos Bacelos.
O líder do município sourense destacou o facto de cerca de 2000 sourenses participarem activamente nas diversas realizações, o que representa 10% da população local.
Por estes dias também se realiza a FATACIS – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio, Industria de Soure, um certame considerado fundamental para a promoção e divulgação dos mais variados ramos da atividade económica, que, segundo o autarca, conta com a presença de 200 expositores.
A feira das nozes, das cebolas e da madeira e a feira generalista, são ingredientes que certamente, não deixarão de interessar, vivamente, não só à população local mas também a quem, nestes dias, visita esta vila.
Concelho de “micro, pequenas e médias empresas”, Soure vai contar, nos festejos, com a presença de ranchos folclóricos, bandas de música, gastronomia e o artesanato das suas doze freguesias.
Muitas instituições locais também colaboram no evento, cuja responsabilidade pertence, desde 2007, à Associação Empresarial de Soure.
Prevê-se, por isso, que o êxito esteja, à partida, garantido, no seguimento, aliás, do que tem sucedido em anos anteriores.
Esta importância de S. Mateus está provada desde tempos ancestrais, provavelmente desde a construção no século XII por Rício de uma ermida em sua honra nos arredores da vila de Soure, num local denominado como monte de S. Mateus, cuja origem pode ser testada numa lápida grafada sobre o cenotáfio de Ríco (Rijo).
É a Fé e o acreditar nos feitos como santo milagreiro que desde tempos remotos funciona como epicentro de vasta multidão de devotos, peregrinos e romeiros a cumprir promessas e ofertas prometidas ao longo dos anos. As preces mais frequentes visam ajudar a resolver pequenas mazelas de ordem física ou a solicitar a proteção dos animais, searas e pomares. Daí, as ofertas em norma resultarem da mãe natureza ou da força do trabalho.
A tradição transmite que as ofertas derivam de produtos roubados durante o percurso dos devotos e ranchos a caminho de S. Mateus e são depositados no altar do santo, uma função inspirada e adulterada da doutrina de S. Mateus.
Desta forma os devotos noutros tempos depositavam sobre o altar abóboras e espigas (milho e trigo, centeio e arroz), uvas e frutas das novidades, rãs e sapos, lagartixas e gafanhotos, pulgas e moscas, aguardente e vinhos. Atualmente, junto ao altar de S. Mateus apenas são depositadas (muitas) flores.
As velas de cera são queimadas em sítio próprio, as ofertas rececionadas pelos mordomos e depositadas na sacristia – além do dinheiro, da cera e das flores – são à base de produtos da lavoura, bebidas, enchidos, entre outros. Em suma, trata-se de um ofertório da época, passível de leiloar e os lucros reverterem para a conservação da ermida.
Veja o vídeo do Directo NDC:
Related Images:
PUBLICIDADE