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Santana Lopes queixa-se que a região Centro tem pouca atenção do poder central
O Centro é a região de Portugal que merece menor atenção do poder político central queixou-se hoje o presidente da Câmara da Figueira da Foz ao Presidente da República, na abertura do Congresso da Associação Nacional de Freguesias.
“Hoje em dia, com o devido respeito para com as outras zonas do país (…), [o Centro] é a região com menos atenção do centro do poder em Lisboa”, vincou disse Pedro Santana Lopes, no início do XIX congresso, que decorre hoje e sábado na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra.
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O autarca, eleito em 2021 pelo movimento “Figueira a Primeira”, salientou que, “até o Alentejo, normalmente apresentado como símbolo de alguma escassez de desenvolvimento, hoje em dia, por causa de Sines, de Melides, e até do aeroporto de Beja, tem um horizonte de desenvolvimento completamente diferente”.
Santana Lopes deu como exemplo a questão da falta de navegabilidade na barra do porto da Figueira da Foz, que tem décadas e “devia estar resolvida e não está”.
“Agora, finalmente, vai ser feito um investimento de 24 milhões de euros, mas se chegar a Lisboa, exceto consigo e alguns ministros que conhecem bem o território, e falar destes assuntos, as pessoas pensam que está a falar um cidadão estrangeiro e isto é Portugal”, enfatizou.
Cerca de 1.500 autarcas e observadores participam hoje e sábado no XIX Congresso da Anafre, na Figueira da Foz, no qual discutirão, entre outros temas, a revisão da Lei das Finanças Locais.
Os trabalhos deste congresso abriram hoje, numa sessão que conta com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e terminam no sábado com a esperada presença do primeiro-ministro, António Costa, na sessão de encerramento.
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