Coimbra

Santana Lopes apoia a abertura do aeroporto de Monte Real à aviação civil

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 19-06-2018

 O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes uniu-se hoje à região centro, num debate em Leiria, na defesa da abertura do aeroporto de Monte Real à aviação civil, destacando que irá contribuir para o desenvolvimento da região.

“Alguém tem dúvida de que o aeroporto vai trazer muito maior desenvolvimento económico? As 600 mil dormidas na região centro chegam para assegurar o equilíbrio do aeroporto”, afirmou Pedro Santana Lopes, um dos convidados do Fórum sobre abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil, realizado esta noite em Leiria.

Sublinhando que a região pode contar consigo para esta “causa de Portugal”, Santana Lopes recordou que quando foi primeiro-ministro, “no final de uma campanha” optou por viajar de ‘Falcon’ até Monte Real.

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“Queria dizer que temos de aterrar aqui, isto é um aeroporto. Se viesse de carro era completamente diferente”, vincou.

O também antigo presidente do Município da Figueira da Foz desafiou ainda o Presidente da República e o primeiro-ministro, “que têm falado tanto na coesão territorial”, a “tomarem decisões concretas”.

“Não é só resolver os problemas causados pelas tragédias. É tratar de fazer os investimentos que garantam o futuro, em que estas coisas não possam voltar a acontecer pelo abandono do território e por falta de desenvolvimento económico”, acrescentou.

Santana Lopes insistiu: “hoje em dia fala-se muito em causas. Já vou fazer 62 anos, a vida passa, trabalhamos todos por um Portugal mais justo e o país vai continuando com esta falta de lógica e não há melhor decisão para a coesão territorial do que a abertura da base área à aviação civil”.

No fórum de hoje foi apresentado o resultado de um estudo encomendado pelos Municípios de Leiria e da Marinha Grande, que aponta para a viabilidade do projeto.

Segundo o presidente executivo da Roland Berger Portugal, António Bernardo, a abertura de Monte Real à aviação civil “é viável”, estando estimado um potencial de tráfego de “600 a 620 mil passageiros por ano”.

Comparando com outros destinos de turismo religioso, este responsável considerou que Fátima tem um “posicionamento mais abrangente do que outros santuários”, como Santiago, Loreto ou Lourdes, “que têm aeroportos muito mais perto”.

“Fátima é um polo muito importante e deve ser uma das alavancas fundamentais para a dinamização do aeroporto”, salientou, afirmando que há também um enfoque nos passageiros a nível empresarial e de emigrantes.

De acordo com o estudo, o aeroporto necessitaria de um investimento de cerca de 20 milhões de euros, custo que as autarquias da região centro admitem suportar, mas também existem investidores interessados no negócio, um dos quais revelou a sua intenção durante a sessão.

Há também companhias aéreas que poderão voar para Monte Real, nomeadamente a Angle Azur, que voltou a admitir o seu interesse.

Defendendo que “esta infraestrutura tem de ser muito competitiva”, o responsável pelo estudo considerou que “tem de ser um aeroporto ‘low cost'”, mas que terá um “potencial de crescimento de receitas de nove a dez milhões de euros em 2025 e depois a crescer 3% ao ano”.

“A realização deste fórum ocorre num momento em que consideramos que não é possível continuar a adiar este investimento sob pena de ser travado e comprometido de forma irreparável o potencial de crescimento da região centro, afirmou o presidente do Município de Leiria, Raul Castro.

O autarca destacou ainda que “a chave para o desenvolvimento” deste território “passa pela criação do Aeroporto Regional Internacional de Monte Real, modelo equivalente à Base das Lajes”.

Também a presidente da Câmara da Marinha Grande, Cidália Ferreira, considerou “um desígnio” que o concelho abraçou desde “a primeira hora”.

“É uma causa suprapartidária e supraconcelhia, une deputados de diferentes orientações politicas, todos estamos unidos. A solução Lisboa mais 1 não corresponde ao que são as exigências e necessidades da região centro. O aeroporto de Monte Real é o que defende melhor a otimização”, argumentou a autarca.

Vários presidentes de câmara da região assumiram o apoio à causa, assim como os restantes convidados, nomeadamente o presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, João Ataíde, o ex-comandante da Base Aérea de Monte Real, José Tareco, e o presidente da Nerlei – Associação Empresarial da Região de Leiria, Jorge Santos.

Recordamos que, em campanha eleitoral, Manuel Machado prometeu a construção de um aeroporto internacional em Coimbra.

Depois de ter sido reeleito, o líder da autarquia conimbricense recorreu  a um ex-presidente da CP para este estudar a “revisão estratégica dos Planos Municipais para a mobilidade aérea internacional”.

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