Coimbra
Santa Clara-a-Velha abre com visita sobre cuidados medicinais e legado da Rainha Santa
Três serviços dependentes da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), em Coimbra e Caldas da Rainha, vão reabrir na segunda-feira, Dia Internacional dos Museus, dando início a um programa de visitas comentadas gratuitas.
Os visitantes do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha são convidados a acompanhar uma visita que dará “a conhecer um aspeto peculiar” da história do monumento: “a prática de cuidados medicinais e o legado da Rainha Santa Isabel”, informa a DRCC em comunicado.
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“Partindo do maior hospital medieval de Portugal de caráter laico e datável do ano 1322, localizado nas imediações do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, pretende-se fazer uma visita, introduzindo os conceitos de assistência hospitalar, pobreza e obra caritativa” atribuídos a Isabel de Aragão, mulher do rei D. Dinis.
Existia na dependência deste hospital “uma botica onde eram utilizadas plantas medicinais nas práticas curativas e nos cuidados de higiene”, salienta a nota.
“Percorrendo a exposição permanente, damos a conhecer o importante papel da botica conventual através do espólio recolhido durante as escavações arqueológicas” de 1995 a 2000, acrescenta.
Com duração de 50 minutos, as cinco visitas diárias destinam-se aos públicos adulto e infantil, com um máximo de 10 participantes cada e mediante marcação prévia.
Ainda no contexto da pandemia da covid-19 e uma semana depois de os serviços centrais da DRCC, em Coimbra, terem retomado a atividade, reabrem também ao público o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, na mesma cidade, o Museu José Malhoa e o Museu da Cerâmica, os dois nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria.
Ao contrário do previsto, “fica adiada a reabertura” do Museu Dr. Joaquim Manso, na Nazaré, segundo uma fonte daquele organismo, dirigido por Suzana Menezes.
No Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, a visita é subordinada ao tema “À descoberta de representações sociais na obra de José Malhoa”, que se destacou na “pintura de género” com obras em que “representa o Portugal esquecido do século XIX e dos inícios do século XX”, explica a DRCC.
“São maioritariamente representações da vida rural, do povo com os seus hábitos e costumes, mas também da restante sociedade, com a execução de diversos retratos por encomenda”, acrescenta.
As duas visitas diárias, para o público em geral e grupos de seis pessoas, exigem igualmente marcação prévia.
Também nas Caldas da Rainha e cumprindo as mesmas regras, o Museu da Cerâmica realiza uma visita comentada com o título “As histórias ‘escondidas’ que as peças contam…”.
O acervo desta unidade museológica inclui “peças que contam histórias ‘escondidas’ relacionadas com a saúde e a medicina, episódios adormecidos de identidade cultural, ligações afetivas de criação artística para oferta ou assinalar situações marcantes”.
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