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Saiu de precária e estragou o Natal a muitos. Está acusado de furar pneus de mais de 80 carros em Coimbra
Um homem de 56 anos vai começar a ser julgado na quarta-feira por ser acusado de ter furado os pneus de mais de 80 carros, incluindo três viaturas da GNR, em Coimbra, após uma saída temporária da prisão, no Natal de 2022.
O arguido, com um historial de dependência de álcool e droga, é acusado de 85 crimes de dano, três crimes de dano qualificado, seis crimes de ameaça agravada, seis crimes de injúria agravada e um crime de violação de domicílio, referiu o Ministério Público na acusação a que a agência Lusa teve acesso.
Os crimes terão ocorrido na madrugada de 25 de dezembro de 2022, em ruas da freguesia de Ribeira de Frades, no concelho de Coimbra, depois de ter sido concedida ao homem de 56 anos uma licença de saída de curta duração da prisão, onde cumpria uma pena de 22 meses.
Inicialmente, o arguido terá conseguido entrar na garagem da casa do seu irmão, onde furou a viatura do seu familiar, com recurso a uma navalha, relatou o Ministério Público (MP).
De seguida, terá deambulado pelas ruas de Ribeira de Frades, onde alegadamente cortou e perfurou pneus de pelo menos 85 veículos que estavam na via pública, lesando 77 pessoas e causando um prejuízo total de cerca de 13 mil euros.
Posteriormente, o arguido terá ido até ao exterior do posto territorial da GNR de Taveiro, também no concelho de Coimbra, onde furou pneus de três viaturas daquela força de segurança, afirmou o Ministério Público.
Segundo o MP, face aos pneus furados, a GNR de Taveiro teve de pedir apoio a militares do posto de Souselas, que acabaram por localizar o arguido e detê-lo.
Antes e depois da detenção, o arguido terá dito aos guardas que iam “morrer”, mostrou ressentimento em relação a toda a freguesia – que ia “pagar” – e chamou os militares de vários nomes.
De acordo com o processo consultado pela agência Lusa, o homem tem uma história de dependência de álcool e droga “desde muito jovem”, tendo estado em tratamento em associações e clínicas.
O MP defendia que o arguido deveria continuar na prisão após o cumprimento da sua pena, face ao risco de perturbar “a tranquilidade pública” em Ribeira de Frades.
O julgamento começa na quarta-feira, às 09:30.
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