Crimes

Saem de mãos a abanar depois de amarrarem e selarem a boca de empregada da Crisálida

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 03-02-2023

O Tribunal de Aveiro vai começar a julgar na segunda-feira dois cidadãos estrangeiros suspeitos de terem tentado assaltar uma ourivesaria no centro daquela cidade e sequestrado a funcionária, em abril de 2022.

Os dois homens, de 33 e 50 anos, que se encontram em prisão preventiva, estão acusados de um crime de roubo agravado, na forma tentada, em concurso aparente com um crime de sequestro.

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O caso remonta à tarde de 16 de abril de 2022, quando os dois arguidos se dirigiram à ourivesaria Crisálida, na Avenida Lourenço Peixinho, para a assaltar.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), consultada pela Lusa, os arguidos entraram no estabelecimento, onde se encontrava apenas uma funcionária, e começaram a experimentar relógios.

Entretanto, um deles terá agarrado a funcionária pelas costas e colocado um braço à volta do pescoço, imobilizando-a, tendo depois os arguidos arrastado a mesma para a parte mais reservada da loja, acessível apenas aos donos e funcionários, onde lhe amarraram os pés e as mãos e selaram a boca com uma fita adesiva.

Após terem imobilizado e silenciado a ofendida, os arguidos calçaram luvas, fecharam a porta de entrada do estabelecimento e esvaziaram o conteúdo de seis malas que continham diversas peças em prata de lei, com um valor superior a 20 mil euros, para o interior de um saco e das mochilas que traziam.

O MP refere ainda que os arguidos tentaram abrir, sem sucesso, o cofre do estabelecimento, onde se encontravam outros bens de maior valor.

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Cerca das 15:40, o gerente chegou ao estabelecimento e, estranhando o facto de a porta ainda estar fechada e ter visto um relógio pousado em cima do balcão, acedeu remotamente às imagens captadas pelo circuito de videovigilância do estabelecimento, tomando assim conhecimento do assalto, pelo que de imediato chamou a PSP, que compareceu no local poucos minutos depois.

Ao ouvir as sirenes dos veículos policiais, os arguidos rodaram as câmaras do sistema de videovigilância, de modo a que não continuassem a captar as imagens da sua atuação.

De seguida, um dos arguidos permaneceu junto à ofendida e o outro percorreu todo o piso superior do estabelecimento, para tentar encontrar uma saída alternativa para fugirem, o que não logrou alcançar.

Ainda de acordo com a investigação, um dos arguidos efetuou três chamadas telefónicas, apelidando o interlocutor de “chefe”, sendo de notar que após o último desses telefonemas, e “aparentando estarem a cumprir ordens superiores”, os assaltantes libertaram a funcionária e, poucos minutos depois, saíram do estabelecimento, tendo sido de imediato detidos pelos agentes da PSP, que ali se encontravam e que tinham montado um perímetro de segurança.

Além destes dois arguidos, as autoridades suspeitam que pelo menos mais dois cidadãos estrangeiros tenham feito parte deste grupo organizado, um dos quais foi intercetado pela GNR uns dias antes do assalto, em Estarreja, quando se encontrava no interior de um carro com matrículas falsas.

Na altura, este indivíduo foi constituído arguido e o veículo em causa foi apreendido, tendo sido encontrados no seu interior objetos ligados à prática de crimes.

Nesse sentido, foi extraída uma certidão para permitir que a investigação continue a decorrer para apurar o envolvimento dos demais suspeitos na prática dos factos.

 

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