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Rússia oferece recompensa por informações sobre comandantes do batalhão ucraniano Azov

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 24-08-2022

 A Rússia ofereceu hoje uma recompensa de um milhão de rublos (16.800 euros) por informações sobre o paradeiro de dois comandantes do batalhão nacionalista ucraniano Azov, que declarou recentemente como uma organização terrorista.

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Trata-se de Konstantin Nemichev e Sergey Velichko, acusados pelo Ministério do Interior de matar e torturar prisioneiros de guerra russos, noticiou a agência espanhola EFE.

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Nemichev, 26 anos, e Velichko, 28, foram colocados na lista federal da Rússia dos 10 criminosos mais perigosos.

Os dois ucranianos já eram procurados pelas autoridades russas desde maio.

Este anúncio segue-se ao atentado que vitimou a filha do filósofo russo Alexander Dugin, considerado próximo do Presidente Vladimir Putin.

Daria Dugina, 29 anos, morreu na explosão do carro que conduzia na região de Moscovo, no sábado à noite.

A Rússia acusou os serviços secretos ucranianos da autoria do atentado, alegação que foi negada pela Ucrânia.

No início de agosto, o Supremo Tribunal da Rússia declarou o batalhão Azov como uma organização terrorista.

As forças russas prenderam 2.400 elementos do batalhão ucraniano em maio, após um longo cerco à fábrica Azovstal, na cidade portuária de Mariupol (sul), onde se tinham entrincheirado.

Muitos dos prisioneiros, incluindo vários dos seus comandantes, foram transferidos para penitenciárias da região russa de Rostov, próximo da fronteira com a Ucrânia e a cerca de 175 quilómetros a leste de Mariupol.

Segundo os separatistas pró-russos, mais de 500 elementos do Azov e de outros batalhões ucranianos são suspeitos de crimes de guerra.

Vários políticos russos apelaram para uma proibição legal da troca destes prisioneiros por soldados russos detidos pelo exército ucraniano.

Alguns deputados russos defendem a aplicação da pena de morte a membros do batalhão, que consideram nazis.

O batalhão Azov foi criado em 2014, em Mariupol, após a revolta pró-russa na região de Donetsk, a que pertence a cidade portuária.

O batalhão foi posteriormente integrado na Guarda Nacional Ucraniana.

A Rússia apoiou a guerra separatista de Donetsk e Lugansk, no Donbass, e reconheceu as duas autoproclamadas repúblicas antes de invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano.

Putin justificou a invasão com um pedido de ajuda dos líderes separatistas de Donetsk e Lugansk para “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

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