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Rússia cortou fornecimento de eletricidade à Finlândia na noite passada
O fornecimento de eletricidade da Rússia à Finlândia terminou na noite passada, depois da suspensão ter sido anunciada na sexta-feira pelo exportador, disse hoje à agência France Press (AFP) um responsável do operador finlandês.
A empresa responsável pela venda de eletricidade russa à Finlândia, a RAO Nordic, anunciou na sexta-feira que ia suspender o fornecimento às 00:00, alegando falta de pagamento, numa altura em que a Finlândia anunciou a sua candidatura à NATO.
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As exportações da Rússia para a Finlândia “estão a zero atualmente, desde a meia-noite [22:00 em Lisboa], como anunciado”, disse à AFP Timo Kaukonen, responsável de operações da Fingrid, o operador do abastecimento elétrico finlandês.
Segundo a mesma fonte, o abastecimento está equilibrado graças a importações da Suécia.
A RAO Nordic Oy, com sede em Helsínquia, e que detém a empresa russa InterRAO, disse em comunicado na sexta-feira que não recebe pagamentos pela eletricidade fornecida à Finlândia desde 06 de maio, alegando a falta de meios financeiros para continuar a receber eletricidade importada da Rússia.
Principal importador de eletricidade da Rússia para os mercados nórdicos, a RAO Nordic opera na União Europeia desde 2002.
Na sequência do anúncio do corte de fornecimento de eletricidade, a operadora da rede elétrica finlandesa, a Fingrid, garantiu que pode prescindir das importações de energia da Rússia sem dificuldade, importando um pouco mais da Suécia e da Noruega.
A Finlândia importava até agora da Rússia cerca de 10% da sua eletricidade.
O corte de fornecimento ocorre num cenário de crescente tensão entre Moscovo e Helsínquia, que anunciou esta semana a intenção de aderir à NATO, uma decisão de imediato criticada pelo Kremlin, que ameaçou com retaliações.
Na quinta-feira, a Finlândia, que tem uma longa fronteira com a Rússia, anunciou o desejo de passar a integrar a NATO, devendo formalizar o pedido de adesão no domingo, que será anunciado em conferência de imprensa pelo presidente Sauli Niinistö e a primeira-ministra Sanna Marin.
O Kremlin já disse que a entrada da Finlândia na NATO constituiu uma ameaça e que será forçada a “tomar medidas recíprocas, tecno-militares e outras”, para responder ao que considera ser uma “ameaça à segurança nacional”.
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