Política
Rui Tavares antecipa “caminho estreito” até março
O porta-voz do Livre antecipou hoje um “caminho estreito” para o partido até às legislativas de março, salientou que “não é preciso inventar a roda” e insistiu num acordo pós-eleitoral à esquerda.
Estas posições foram deixadas pelo deputado único Rui Tavares no seu primeiro discurso no XIII Congresso do Livre, que decorre hoje e domingo no Porto, no qual o porta-voz antecipou que o partido terá um “caminho estreito” até março.
“O caminho pode ser estreito e é estreito até dia 10 de março porque nesse caminho temos que ser capazes de dizer às pessoas que a escolha está entre uma maioria de progresso, que tenha um contrato social reformado. Ou então temos uma direita cada vez mais radicalizada, numa crise profunda, que precisa de tempo para ser resolvida”, considerou.
Numa intervenção de cerca de vinte minutos, Rui Tavares deixou ainda um aviso aos parceiros à esquerda, com os quais já assumiu que quer estabelecer um acordo parlamentar ou até de governação.
“A partir de dia 10 de março não é preciso inventar a roda, o caminho é o das melhores práticas europeias em que há muitos governos que são apoiados por um, dois, três, quatro, cinco partidos, governos constituídos por eles e que funcionam com base num programa negociado”, salientou.
O dirigente do Livre insistiu na necessidade de um acordo escrito, “que seja escrutinado”.
Apesar dos apelos à união, Tavares deixou algumas críticas aos seus eventuais parceiros, dizendo que existem partidos que até apontam “caminhos que são interessantes e que são de progresso” mas depois querem fazê-lo “fora da União Europeia, ou fora do euro, ou fora de uma economia mista, ou noutro lugar qualquer”.
“O que o Livre diz claramente é que o caminho para o país que queremos, começa no país que temos e que o país que temos não é inimigo do país que queremos”, defendeu.
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