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Rui Rocha insiste que o PS “não serve mais” e que a AD só serve com a IL
Os `alvos´ da IL foram desde o arranque da campanha para as eleições legislativas o PS, que acusou de não ter candidato, obra e programa eleitoral, e a AD a quem repetiu que sozinha não conseguirá mudar o país.
Na liderança da IL desde janeiro de 2023, após a saída de João Cotrim de Figueiredo, Rui Rocha deixou claro ao que vinha: “Mudar e transformar a sério o país e romper, definitivamente, com as políticas socialistas”.
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Desde cedo, o dirigente liberal traçou a ambição de crescer 50% nas eleições legislativas de 10 de março e eleger 12 deputados.
A `mira´ de Rui Rocha esteve diariamente apontada ao PS, nomeadamente ao secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, e ao primeiro-ministro, António Costa, que disse tratarem-se de “dois rostos demissionários e do passado”, responsabilizando-os pelo “atraso do país, emigração dos jovens, elevada carga fiscal e degradação da saúde, educação e habitação”.
Para justificar estas acusações, Rui Rocha foi a uma escola que não tem pavilhão gimnodesportivo e que aguarda por obras há mais de 20 anos e a um local para o qual está prometido um hospital também há mais de duas décadas.
O apelo ao voto começou desde cedo com o dirigente liberal a garantir que um “voto no PS é uma aposta perdida” e que um “voto na IL não contribuirá nem de forma direta nem indireta para um Governo PS”, mensagem que foi intensificando.
Além do PS, o dirigente liberal direcionou a sua atenção para a AD e, logo na primeira semana de campanha eleitoral, surpreendeu ao pedir uma “maioria clara” na AD e IL, mesa onde disse estarem as soluções para o país.
Apesar deste pedido, Rui Rocha advertiu que a AD sem a IL não conseguirá mudar e transformar a sério o país por lhe “faltar coragem e ambição”.
E, nessa sequência, deixou a garantia que nunca fará nenhum entendimento com o Chega por ser um partido político “completamente irresponsável”.
Deixando clara a posição dos liberais em matéria de entendimentos, o presidente da IL desafiou os outros partidos políticos a dizer claramente o que vão fazer após o dia 10 de março.
Rui Rocha recusou quaisquer alterações à lei do aborto, quando o vice-presidente do CDS-PP e quatro candidato pela AD a Lisboa Paulo Núncio defendeu a realização de um novo referendo à interrupção voluntária da gravidez, e também não alinhou na relação estabelecida pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho entre imigração e insegurança.
A invasão da Ucrânia também foi tema com Rui Rocha a defender o apoio de Portugal àquele país e a desafiar Pedro Nuno Santos a dizer se pretende envolver numa solução governativa o PCP que é “anti-Europa e anti-NATO”, pergunta que foi reiterando.
Em cada discurso, Rui Rocha frisou que Portugal só pode crescer se baixar o IRS e, por isso, desafiou Luís Montenegro a comprometer-se a baixar este imposto, desafio ao qual não obteve resposta.
À baixa do IRS, uma das bandeiras da IL, o dirigente liberal juntou ainda nas principais medidas a entrega de um cheque creche de 480 euros às famílias, a atribuição de médico de família às grávidas, crianças até aos nove anos e idosos com mais de 65 anos, a eliminação do IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) na compra de habitação própria, a criação de um círculo eleitoral de compensação e a abolição do dia de reflexão.
Já aos empresários, com quem teve reuniões diárias ao longo da campanha, disse-lhe que iam “mesmo ter de aumentar os salários” para manter os jovens qualificados em Portugal.
A poucos dias das eleições, e quando o número de indecisos é elevado, o dirigente liberal insistiu que é “urgente que o país se reconcilie com os jovens” e, confiante no voto destes, apelou aos pais e avós para votarem na IL para “deixarem de ter cadeiras vazias à mesa de jantar”.
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