Política

Rui Rio relembra campanha do PS que levou “uma banhada” em 1980

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 26-01-2022

O presidente do PSD comparou hoje a campanha do PS para as legislativas de domingo à da Frente Republicana e Socialista (FRS) que levou “uma banhada” da Aliança Democrática (AD) liderada por Francisco Sá Carneiro em 1980.

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Em declarações à comunicação social, em Leiria, Rui Rio foi questionado sobre a mensagem que publicou hoje na rede social Twitter acusando o PS de fazer “uma campanha negra, deturpando as propostas do PSD”, e respondeu: “Não é uma declaração minha de hoje, tem sido uma declaração minha de há uns dias”.

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O presidente do PSD voltou a queixar-se de que o PS e o seu secretário-geral, António Costa, têm estado sistematicamente a “denegrir e deturpar” as propostas do PSD sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), o salário mínimo nacional e o relacionamento com o Chega, com o objetivo de “enganar as pessoas”.

“Eu lembro-me das eleições de 1980, eu ainda era jovem, e o PS, que liderava uma coligação que era a FRS, seguiu justamente esse caminho: difamação atrás de difamação atrás de difamação, na altura do PSD e da AD lideradas pelo doutor Sá Carneiro. Bom, levaram uma banhada”, referiu.

A AD (PSD/CDS/PPM) venceu com maioria absoluta essas eleições legislativas de 1980, com perto de 47% dos votos, conseguindo 134 dos 250 lugares na Assembleia da República, enquanto a FRS teve 26,65% e elegeu 71 deputados.

“Eu não sei se aqui não vão perder por causa disso, mas eu acho que eles não conseguem enganar completamente o eleitorado, pelo menos as pessoas mais inteligentes do eleitorado não são enganadas com isto de certeza, só aqueles mais distraídos é que se deixam enganar por uma coisa destas. E eu lamento”, acrescentou Rui Rio.

O presidente do PSD atribuiu ao PS as seguintes “deturpações” das suas propostas: “Que quero baixar ou quero congelar ou quero não sei quê o salário mínimo nacional, que quero pôr a classe média a pagar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que estou refém da extrema-direita por fazer não sei quê com o Chega”.

“Já clarifiquei isso mais de mil vezes”, disse.

Segundo Rui Rio, os socialistas estão a encarar esta campanha “como se isto fosse de vida ou de morte”, mas uma eventual derrota deve ser desdramatizada.

“Não é de vida ou de morte. O pior que pode acontecer a um partido nestas eleições é perder – isso não é morrer. Portanto, temos de estar aqui com espírito construtivo e com respeito pelo adversário”, defendeu.

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