O presidente do PSD, Rui Rio, recusou hoje colocar “o carro à frente dos bois”, questionado sobre se irá propor novamente ao Conselho Nacional do partido o adiamento das diretas, apontando que o Orçamento “ainda não reprovou”.
“Neste momento, o Orçamento ainda não reprovou, portanto, enquanto isso não estiver claro eu não ponho, como diz o povo, o carro à frente dos bois”, respondeu Rui Rio, em declarações aos jornalistas no parlamento, questionado sobre se iria propor ao Conselho Nacional o adiamento das eleições internas, num cenário de crise política e legislativas antecipadas.
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Questionado sobre se o PSD vai adiar as diretas se houver eleições antecipadas, Rio respondeu que “isso é uma outra questão que a seu tempo se coloca”, rejeitando responsabilidades na situação criada ao PSD “no caso de amanhã [quarta-feira] o Orçamento não passar” na generalidade.
“Eu não tenho qualquer responsabilidade na situação criada ao PSD no caso de amanhã o Orçamento não passar, não tenho responsabilidade nenhuma, fiz aquilo que estava ao meu alcance, avisei. Eu tenho muitos anos já de experiência política, avisei isso, e eu percebi perfeitamente que esta situação não era a mesma dos outros orçamentos”, sustentou.
“Custa me até acreditar que quem tenha o mínimo de experiência política não tivesse percebido isso logo, olhe, foi assim”, aditou.