Política
Rui Rio nota “traço partidário” nas pastas políticas e “escolha polémica” na Cultura
O presidente do PSD, Rui Rio, apontou hoje “um traço dominante muito forte do aparelho partidário” nas pastas políticas do Governo, e considerou que houve uma “escolha polémica” para a Cultura.
À entrada para o primeiro plenário da XV legislatura, Rio foi questionado sobre o novo Governo, anunciado na semana passada e que tomará posse na quarta-feira.
“A apreciação sobre o Governo deve ser feita passado algum tempo de estar em funções, mas noto que há um traço dominante muito forte do aparelho partidário naquilo que são as pastas políticas”, apontou.
O presidente do PSD apontou ainda “uma escolha que é polémica”, a de Pedro Adão e Silva para ministro da Cultura, nome que Rio já tinha criticado quando tinha sido nomeado comissário executivo das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
“Sabemos que se impôs na vida pública fundamentalmente através de comentários permanentemente a defender o Governo, como se de um comentador independente se tratasse, e todos nós percebíamos que era um comentador ligado ao PS, o que agora ficou claro”, considerou.
Já sobre a escolha de Fernando Medina para a pasta das Finanças, Rio disse preferir aguardar pelo seu desempenho.
Questionado se se arrepende dos protestos levantados pelo PSD no âmbito das eleições pelos círculos da emigração, que culminaram na sua repetição no da Europa e na perda de um deputado social-democrata, Rio respondeu negativamente.
“Como é que alguém se pode arrepender de ter pedido o cumprimento da lei? O Tribunal Constitucional – não por ação nossa – veio reafirmar o que dizíamos e que está muito claro no texto da lei, as pessoas têm de se identificar quando votam”, salientou.
Rui Rio disse não saber porque é que o PSD acabou por perder um deputado na repetição das eleições, mas considerou que não terá sido essa a razão.
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