Política

Rui Rio diz-se “realmente preocupado” com interior e acusa António Costa de “prometer milhões” que não vai cumprir

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 15-09-2021

O presidente do PSD afirmou hoje estar “realmente preocupado” com o interior e acusou o secretário-geral do PS de, em cada comício, “prometer milhões” para o sítio onde está que depois “não vai cumprir”.

“O secretário-geral do PS à noite faz um comício anunciando milhões para o sítio onde está. Não é isso em que o povo acredita, sabe que o PS está a usar o facto de ser Governo para prometer coisas que depois não vai cumprir”, acusou, num breve discurso na sede do PSD em Figueira de Castelo Rodrigo, na Guarda.

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“Estou realmente preocupado com a situação do interior, não é só nas palavras, é evidente que Portugal tem de ter uma estratégia diferente”, contrapôs.

Para o líder do PSD, entre o poder central e os municípios é necessário “arranjar forma de conseguir investimento para conseguir emprego” para o interior, caso contrário “estas zonas vão definhar ainda mais”.

De manhã, em Aguiar da Beira, em contactos com o comércio local encurtados pela forte chuvada, Rio já tinha considerado que a sua presença era “mais útil” na campanha no interior.

“Porque acho que é justo, sou mais útil aqui do que se dedicasse o meu tempo a estar sempre em Lisboa, Coimbra ou Porto”, disse, já com o antigo presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, ao seu lado, que na terça-feira não marcou presença nas iniciativas no distrito por ter outros compromissos de agenda autárquica.

Depois da manhã chuvosa em Aguiar da Beira, a caravana social-democrata rumou à tarde para Figueira de Castelo Rodrigo, onde a aposta para ‘roubar’ a câmara ao PS é o líder da distrital da Guarda, Carlos Condesso.

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O sol chegou pela primeira vez à campanha do PSD no período oficial, tal como a música de acordeão, que animou o passeio por várias lojas do concelho.

Numa ótica, Rio manifestou a intenção de fazer a sua primeira compra de campanha, mas com mensagem política.

“Queria uns óculos para ver ao longe para oferecer ao PS. O PS só vê ao perto, ao longe desfocam a imagem”, criticou.

Em seguida, numa ourivesaria, o líder do PSD ouviu um apelo um pouco mais incómodo do proprietário, que se queixou da perda de população e lhe pediu para “falar sobre isso” na Assembleia da República.

“Isto está errado, este Governo nem perdão para as empresas, nem apoio para as empresas, é tudo treta (…) Depois não gostam do André Ventura porque diz umas verdades, o meu amigo, por muito que lhe custe, qualquer dia tem de unir a coisa para ver se a coisa se resolve que isso assim não vamos lá”, disse.

O candidato despediu-se rapidamente e o líder do PSD também não respondeu.

Durante o percurso de cerca de uma hora, Rio deu um autógrafo numa bandeira, cumprimentou várias pessoas, incluindo duas senhoras com a bandeira do PSD aos portões das suas vivendas e alguns idosos que se surpreendiam com a sua presença.

“Não o fazia aqui” ou “o senhor veio de longe” foram alguns dos cumprimentos que recebeu, sempre acompanhado do candidato, que muitos tratavam por “o Carlinhos”.

O brinde final em Figueira de Castelo Rodrigo foi feito com espumante local e “ao sucesso do PSD”, num município liderado, desde 2013, pelo socialista Paulo Langrouva que concorre ao cargo pela última vez devido à limitação de mandatos imposta pela lei.

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