O presidente do PSD, Rui Rio, saudou hoje a aprovação das listas de candidatos a deputados do partido, considerando que o processo até foi “razoavelmente pacífico” e “não houve saneamentos selvagens”.
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Em declarações aos jornalistas no final do Conselho Nacional do PSD, que decorreu entre as 22:00 de terça-feira e as 03:00 de hoje, o presidente do PSD disse já ter visto processos de aprovação de listas “muito mais turbulentos” dentro do partido.
“É um bom resultado, já vi muitos processos destes ao longo da minha vida política: em 1983, em 1985, foram processos muito mais turbulentos que este. Os únicos que não foram é quando o PSD está no poder e o presidente do PSD é primeiro-ministro”, defendeu.
“Para quando o PSD está na oposição, até foi razoavelmente pacífico”, disse.
O Conselho Nacional do PSD aprovou esta madrugada com 80 votos a favor, 18 contra e dez abstenções as listas de candidatos de deputados à Assembleia da República.
Do total dos votos expressos (108), 74% dos conselheiros votaram favoravelmente, de braço no ar, numa votação feita globalmente das listas para os 22 círculos eleitorais.
A direção contabilizou a aprovação das listas na casa dos 82%, invocando que, segundo os estatutos do partido, as abstenções não contam para a contagem da maioria dos votos.
“É uma vitória para o PSD termos conseguido fazer um equilíbrio onde as pessoas se reveem: não há saneamentos selvagens, não são privilegiados os amigos. Há o equilíbrio possível e esse equilíbrio é sempre muito difícil quando se trata de pessoas”, afirmou.
Rui Rio recusou responder à intervenção feita na reunião pelo ex-líder parlamentar Hugo Soares, que o acusou de não gostar do PSD.
“Não tive reação nenhuma, só falei no ponto do programa, quando foi das listas não falei, se não respondi lá dentro, não ia responder cá fora”, disse.
Questionado sobre uma sondagem da TVI que dá 20% ao PSD e 35% ao PS, o líder social-democrata voltou a desvalorizar estes estudos de opinião.
“Saiu uma sondagem a dois meses e tal das eleições em 2015 em que PSD e CDS tinham os piores resultados de sempre e depois ganharam as eleições”, apontou.
Além das listas, o Conselho Nacional do PSD aprovou, com 17 abstenções, o programa eleitoral do partido às legislativas de 06 de outubro.