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Rui Rio considera grave que PS prometa agora que saúde será a “joia da coroa”

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 11-09-2019

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje “grave” que o PS prometa que a saúde será a “joia da coroa” na próxima legislatura, quando nos últimos quatros anos, o Serviço Nacional de Saúde se degradou de forma “brutal”.

“Todos nós sabemos que o Serviço Nacional de Saúde [SNS] está hoje muito pior do que estava há quatro anos. Quando o Governo vem dizer que investiu ou gastou mais dinheiro no Serviço Nacional de Saúde, então é grave. O que seria menos grave era dizer: nós cortamos muito, cortamos demais e agora vamos deixar de fazer isso. Não. O que ele diz é: nós até pusemos lá mais dinheiro. Então nós temos de perguntar: então pôs mais dinheiro e o serviço ainda está pior?”, defendeu.

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O líder do PSD e candidato pelo círculo do Porto questiona a legitimidade do PS para prometer, se ganhar eleições, melhorar o SNS.

“O Governo está lá há quatros anos, degradou de uma forma brutal, agora dá um bocado o braço a torcer. Diz que está mal e que vai ter que pôr bem, mas não diz como é que vai pôr bem. E, da mesma maneira que fez, não dá”, afirmou.

O primeiro-ministro, António Costa, reiterou hoje, em reação um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que indica que Portugal é um dos quatro países que menos investiu em saúde entre 2000 e 2017, que este setor “será a joia da coroa” na próxima legislatura, sublinhando que nos últimos quatros foi feito um esforço de recuperação.

O secretário-geral do PS tinha já deixado esta promessa no dia 20 de julho, no discurso de encerramento da Convenção Nacional do PS, em Lisboa, que aprovou por unanimidade o programa eleitoral dos socialistas.

“Temos bem consciência que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos coloca desafios e, quando há um problema, o que um governante deve fazer não é fugir em pânico com o problema, mas olhar para o problema com frieza, analisá-lo nas suas causas e responder. O SNS, que este ano celebra 40 anos, que agora até tem uma nova lei de bases, merece todo o carinho e que seja a joia da coroa do investimento do PS na próxima legislatura”, declarou à data.

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A Lusa noticiou na terça-feira que Portugal surge como um dos únicos quatro países da região europeia em que a percentagem da despesa em saúde pública se reduziu entre 2000 e 2017.

No documento sobre o acesso equitativo à saúde, a OMS analisa 33 países e conclui que em 15 a despesa em saúde pública aumentou entre 2000 e 2017 e noutros 14 se manteve dentro dos mesmos níveis.

Apenas quatro países da região europeia registaram uma redução na despesa em termos percentuais do seu produto interno bruto: Portugal, Irlanda, Hungria e Israel.

Portugal surge com menos de 0,2% do PIB investido em saúde pública em 2017.

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