Política
Rui Rio acusa Governo de optar pela “via do facilitismo e irresponsabilidade”
O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou hoje que a pandemia da covid-19 “não pode servir para desculpar tudo” e acusou o Governo de optar pela “via do facilitismo e irresponsabilidade” na segurança interna e na educação.
“A pandemia não pode servir para desculpar tudo. A pandemia não serve de explicação para o facilitismo e irresponsabilidade crescente do Governo”, afirmou Rui Rio na apresentação da candidatura de Cancela Moura à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, que decorreu hoje à tarde na Alameda do Senhor da Pedra.
O líder do PSD salientou que, em matéria de segurança interna, o Governo “vai pelo facilitismo e pela irresponsabilidade”, exemplificando com os desacatos em Reguengos de Monsaraz.
Na sexta-feira à noite, desacatos numa esplanada em Reguengos de Monsaraz tiveram como consequência três feridos, dois deles ligeiros, vítimas de atropelamento por um homem que posteriormente abandonou a viatura envolvida, disseram fontes da GNR e dos bombeiros. A GNR esclareceu ainda que será instaurado um processo de averiguações para apuramento de eventual responsabilidade disciplinar relativamente à atuação dos militares da Guarda.
“Assistimos em Reguengos de Monsaraz a uma cena de pancadaria perante a repleta passividade das autoridades. Não é assim que se constrói o futuro. Assim, constrói-se o caos”, afirmou.
Em matéria de segurança interna, Rui Rio criticou ainda o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a propósito dos festejos da Liga Portu, considerando que tal foi uma “enorme irresponsabilidade”.
“É de uma enorme irresponsabilidade saber-se agora que autorizou [ministro] os festejos do campeonato nacional em Lisboa da forma tal e qual como eles decorreram. Aquilo que o próprio Governo critica, afinal, foi autorizado por esse mesmo Governo”, salientou Rui Rio.
E acrescentou, “são irresponsabilidades atrás de irresponsabilidades”.
O líder do PSD criticou ainda o Governo relativamente às políticas de educação, por ter “pressionado as escolas para passar os alunos mesmo que estes não saibam” e eliminado metas curriculares.
“Sei que todos os alunos gostam mais de passar de ano do que reprovar, mas todos nós, do que gostamos mesmo é de dar um futuro aos nossos filhos e esse futuro só é dado se eles na escola aprenderem e, só passam de ano, sabendo”, afirmou.
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