
Rodrigo Santiago que defendeu José Eduardo Simões em Coimbra, com o arguido e Ricardo Costa, advogado de Simões em Condeixa (Imagem de arquivo As Beiras/Google)
Cenário do crime: Palácio da Justiça de Condeixa. Presidente da Académica julgado por ter acusado Procurador do Ministério Público de ser responsável por fugas de informação.
Este é o Processo Comum 1/11.3TACDN. O autor da queixa é o Mistério Público. O caso teve origem numa das audiências do processo em que Simões foi julgado e condenado por crimes de corrupção, onde o Procurador Trindade representava a acusação. O líder academista terá dito que o delegado do Ministério Público era o responsável pelas fugas de informação sobre as buscas à sua residência, que decorreram na fase em que a Polícia Judiciária andava à procura das provas do crime, o que não agradou ao representante do MP.
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Rodrigo Santiago, ouvido como testemunha, disse, em plena sala de audiências, que sabe quem é o autor da violação do segredo de justiça. O advogado, afirmou, mais do que uma vez, que tem a certeza que não foi José Luís Trindade a contar coisas aos jornais, mas que sabe quem é o autor da violação do segredo de justiça
Maria João Gil, magistrada do MP, optou por não lhe colocar questões sobre este tema, mas, depois de uma pequena interrupção da audiência, a seu pedido, a Procuradora resolveu mandar extrair uma certidão das declarações do advogado que defendeu Simões no processo de Coimbra, tendo a sua pretensão sido validada pelo juiz´Nuno Lemos Jorge.
Juristas contactados por Notícias de Coimbra garantem que a Maria João Gil podia ter aproveitado a presença de Rodrigo Santiago, r como testemunha, para o interrogar, pois como o advogado estava obrigado a falar a verdade, teria de dizer a quem se está a referir, salientado que, caso o jurista venha a ser seja acusado, quando responder na qualidade de arguido, nem sequer está obrigado a prestar declarações.
No final da audiência, à porta do Tribunal de Condeixa, Rodrigo Santiago, fez declarações à comunicação social presente, tendo aproveitado para comentar a postura da representante do MP, a quem chamou de “incompetente”, pois, de acordo com o advogado, depois de ele ter dito o que disse, Maria João Gil devia ter ordenado a sua detenção, para que fosse julgado sumariamente, pois podia ter sido apanhado em flagrante delito. A testemunha que não quis adiantar o nome da pessoa a que se estava a referir, mas acrescentou que tem a certeza que a fuga de informação partiu do Ministério Público.
Notícias de Coimbra tentou ouvir Maria João Gil, que mandou dizer que não estava disponível para falar connosco e com Rui Avelar, do Campeão das Províncias e Nelson Morais, do Jornal de Notícias. Se entretanto mudar de ideias, o nosso mail é info@noticiasdecoimbra.pt.
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