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RESULTADOS DO SETOR TURÍSTICO APRESENTAM-SE CADA VEZ MAIS DEPENDENTES DAS TAXAS DE CÂMBIO
Quando o assunto é finanças, inúmeros são os portugueses que ingressam profissionalmente neste universo. Contudo, o setor é transversal a todas as facetas do nosso quotidiano e os seus vários domínios, como os juros ou até contas poupança, que vão além da economia e exercem uma clara força em diversas áreas de atividade. Entre estas variáveis destacam-se as taxas de câmbio, que vieram moldar e ser moldadas pelo setor do turismo e viagens.
O que são taxas de câmbio?
Foto: Unsplash
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Referente ao valor de uma unidade monetária internacional quando comparada ao preço da moeda nacional, a taxa de câmbio é influenciada por fatores como o contexto sociopolítico e a balança comercial. Por indicar quanto dinheiro precisamos ter para adquirir outra moeda, esta taxa é tida em consideração quando viajamos para um país cuja moeda não seja o euro, além de ser considerada para negociações com o estrangeiro.
É aqui que surge o termo Mercado Cambial e, diretamente associado ao conceito de trading de forex, este tipo de negociação é cada vez mais popular entre portugueses, relacionando-se com as taxas de câmbio ao operar através de pares de divisas, caracterizando-se pela sua descentralização e liquidez.
Viagens cada vez mais dependentes do câmbio
Influenciando diferentes setores, a indústria do turismo destaca-se entre as áreas de atividade que mais dependem das flutuações cambiais. Ou não é verdade que na hora de escolher um destino de férias tem em conta o dinheiro que vai gastar no país e quanto isso lhe custa em euros?
Contudo, a interferência da taxa de câmbio neste setor não se fica por aqui e chega a comprovar-se que o fluxo de turistas para determinada região contribui para a alteração das taxas de câmbio entre o seu país de origem e de destino.
Exemplo disso é a relação entre México e Estados Unidos da América (EUA), já que 84% das viagens para o país latino são efetivamente norte-americanas, o que se reflete numa clara força do dólar em comparação com o peso mexicano. Consequentemente, as viagens que partem dos EUA tornam-se cada vez mais baratas e as mexicanas relativamente mais dispendiosas.
Já entre China e Japão também existe uma clara dissemelhança turística, fruto das taxas de câmbio entre os países, o que faz com que mais chineses visitem o Japão, fenómeno que não acontece inversamente. Contudo, a moeda chinesa é alvo de taxas de câmbio muito específicas, o que levou o Banco Popular da China a decidir tomar ações para que o yuan se tornasse menos rígido e mais direcionado para o exterior.
O cenário europeu
Fruto de fatores como a experiência do mercado europeu, o euro tem vindo a consolidar a sua força monetária, chegando mesmo a comparar-se ao dólar americano.
Contribuindo fortemente para o bem-estar dos países da zona euro, já que, segundo informações divulgadas pelo Banco Central Europeu, prevê-se o crescimento da sua economia em 4,7% até ao final do próximo ano, naturalmente a valorização desta moeda também tem impacto no turismo destes países.
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Exemplo disso é Portugal, do qual se espera um aumento de turistas entre 20% a 30% até ao final deste ano, quando comparado aos números de 2020. Entre as principais zonas turísticas destaca-se o Centro do país, que tem vindo a crescer consideravelmente neste domínio ao longo dos anos.
Efetivamente, com as flutuações no câmbio a impactar a atratividade dos países, sempre que viajar aposte na literacia financeira e comece por se informar sobre as variações destas taxas e os melhores locais para trocar moeda.
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